quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

IMAGEM DE SÃO BENTO É TOMBADA EM NOVO CRUZEIRO



Como reconhecimento de seu valor histórico e cultural, a imagem de São Bento – conhecida na comunidade como São Bentinho, recebeu este mês o tombamento em nível municipal. O bem pertence ao acervo da Igreja de São Francisco de Assis, no Bairro São Francisco, distrito sede de Novo Cruzeiro-MG.
O município, que se localiza no Médio Jequitinhonha, tem São Bento como padroeiro. Isto se deve à alta incidência de mortes por picada de cobra que ocorria ali. Como o santo é o protetor contra venenos e todo tipo de bichos peçonhentos, no ano de 1917 o Bispo da Diocese de Araçuaí, Dom Serafim Gomes Jardim da Silva, ordenou que fosse construída na localidade uma capela para São Bento. Na época Novo Cruzeiro denominava-se “Vila Gravatá” e se constituía de um povoado pertencente ao município de Araçuaí.
Antigos moradores e frequentadores da Igreja de São Francisco de Assis relatam a importância da imagem para a comunidade, que a levava antigamente às casas das pessoas para a Novena de São Bento”. A novena é uma tradição no período de comemorações em homenagem ao santo, que tem no dia 11 de julho sua culminância. Todos os anos é realizada uma calorosa festa nesta data, além das tradicinais celebrações religiosas da novena e das missas.
A imagem de São Bentinho é feita sobre madeira esculpida e policromada. Tem olhos de vidro e atributos que remetem à vida e aos feitos do santo: um cajado (báculo) na mão direita, que simboliza seu papel de pastor de fiéis e que, com a mitra (espécie de chapéu), constitui uma das principais insígnias dos bispos, fazendo referência à sua importância e hierarquia dentro da Igreja Católica. O livro que segura na mão esquerda representa a Regra Beneditina, da qual foi autor.
São Bento é considerado o padroeiro oficial de toda Europa. Nascido em 480 D.C. em Núrcia, Itália, foi ainda jovem para Roma. De lá saiu, abandonando os estudos para viver como eremita. Foi responsável por vários milagres, tendo escapado da ingestão de veneno por duas vezes. Escreveu as Regras – normas para a vida como monge – e fundou vários monastérios. Faleceu em 547 no mosteiro de Montecassino, Itália.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A municipalização da preservação do Patrimônio Cultural

Isabela Grossi Gomes

A preservação do patrimônio cultural das comunidades tem sido um tema cada vez mais recorrente, dada a necessidade de valorização e resgate da memória e da identidade das pessoas de um país, de um estado, de uma cidade. Nos vários níveis – federal, estadual e municipal – a trajetória da preservação do patrimônio cultural tem avançado no país.
Em 1937, foi criado o SPHAN – Serviço de Proteção do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (que posteriormente daria lugar ao atual IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). No mesmo ano, em pleno Estado Novo do governo Vargas, o Decreto-Lei número 25 de 30 de novembro de 1937 regulamentava o órgão e a “proteção do patrimônio histórico e artístico nacional”. Em nível estadual, a proteção teve início em 1971, com a criação do IEPHA-MG – Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais.
A partir de 1988, a promulgação da constituinte brasileira introduziu os princípios da descentralização e municipalização na gestão das políticas públicas, dando autonomia e atribuições aos municípios. Logo, os municípios começaram a responder por várias áreas que até então não eram de sua competência. A preservação da cultura local foi uma delas. Contudo, entre tantas outras áreas vistas como prioridade, como saúde e educação, o patrimônio cultural não encontrou mecanismos e instrumentos suficientes em âmbito municipal para que a preservação se efetivasse.
Em Minas Gerais, as mudanças em relação ao tratamento dado à preservação do patrimônio cultural local foram realmente impulsionadas a partir do ano de 1995, com o ICMS - critério Patrimônio Cultural, através da chamada “Lei Hobin Hood” (atual Lei 18.030 de 2009). O princípio do mecanismo conhecido como “ICMS Cultural” consiste na aplicação de investimentos em ações que resultem na preservação do patrimônio cultural local por parte da gestão municipal. Quanto mais o município investe no seu patrimônio cultural, maior o valor que ele irá receber da parcela de repasse do ICMS reservada para estes fins.
Desde então a realidade do patrimônio cultural dos municípios mineiros vem se transformando e inúmeras ações da preservação e resgate da memória ocorrem localmente, o que possibilitou a capilaridade destas ações e sua descentralização em relação ao governo federal e, principalmente, estadual. O número de bens culturais que tiveram sua proteção assegurada por instrumentos legais, como o tombamento e o registro do patrimônio imaterial aumentou substancialmente. São 3.860 bens culturais protegidos nas categorias: núcleo histórico, conjunto paisagístico, bem imóvel e bem móvel e bens registrados como patrimônio imaterial. A maioria dos municípios também tem implantado ações de educação patrimonial nas escolas da rede pública, trazendo principalmente aos jovens a conscientização, a valorização e o conseqüente resgate de seu patrimônio cultural.
O atual desafio para dar prosseguimento à evolução na trajetória da preservação do patrimônio cultural é de integrá-lo ao planejamento urbano, ampliando sua percepção e tratando-o em conjunto com questões como a preservação ambiental e o uso e ocupação do solo.
As imagens que ilustram o artigo na revista, retratam algumas das ações locais de preservação do patrimônio cultural em nosso Estado, como a Igreja tombada e restaurada no município de Coronel Fabriciano, O seminário sobre o patrimônio imaterial realizado em Nova Era e um cartaz sobre evento de valorização do patrimônio cultural de São José do Goiabal.

(O artigo acima faz parte da revista do
II Simpósio Socioambiental da Região
Metropolitana do Vale do Aço)

Ipatinga JORNADA MINEIRA DO PATRIMÔNIO CULTURAL





Através de projeto aprovado pelo IEPHA-MG, a Escola Estadual Maurílio Albanese, no município de Ipatinga, sediou a realização do Seminário sobre Patrimônio Cultural da Região Metropolitana do Vale do Aço. O propósito foi abrir a discussão sobre patrimônio cultural para todos os interessados, através da realização de seis palestras entre os dias 20 a 25 de setembro.
O evento contou com a participação do Instituto Interagir de Projetos e Pesquisas, através de profissionais da área de ciências biológicas e ciências sociais aplicadas. As contribuições do público presente será reunida em textos e discutidas com todos colaboradores do evento, gerando um documento final do seminário. Tal documento, com o título “Contribuições para Preservação do Patrimônio Histórico-Cultural”, será entregue ao poder público. “A expectativa é de que este documento amplie as ações de promoção do resgate e da valorização do patrimônio cultural regional, dando efetiva contribuição para sua preservação” – frisa Jorge Luiz dos Santos, professor coordenador do evento e associado do Instituto Interagir.

Vale do Aço II Simpósio Socioambiental





Entre os dias 17 e 18 de setembro o Campus Coronel Fabriciano da Unileste recebeu o Simpósio Socioambiental da Região Metropolitana do Vale do Aço. Em sua segunda edição, o evento discutiu os efeitos da urbanização na região. A abertura foi realizada por Dr. Walter de Freitas Junior, promotor público de Defesa do Meio Ambiente em Ipatinga e que proferiu a palestra “Meio ambiente urbano”.
As palestras foram realizadas por profissionais de destaque em âmbito regional e nacional. As questões trazidas pela urbanização foram discutidas em seus vários aspectos: ambiental, social, cultural, educacional, da saúde e econômico. O evento também contou com a participação do consultor ambiental Walfrido de Assunção Ataíde, que expôs ao público a Política Nacional de Resíduos Sólidos através da recém-criada Lei federal de Gestão dos Resíduos Sólidos. Entre outros pontos, Walfrido destacou a importância sócio-ambiental e econômica dos catadores de resíduos. Lembrou que eles tiveram seu trabalho assegurado na nova Lei, que dá preferência de prestação de serviços na área às cooperativas de catadores, quando na abertura de licitações pelos órgãos públicos.
O Simpósio Socioambiental foi mais uma realização do Instituto Interagir – ONG com sede em Ipatinga e que atua em toda a região com projetos e pesquisas nas áreas social, cultural, ambiental e educacional, com o intuito de trazer à sociedade importantes discussões e ações relativas a essas questões. Para Viviane Macedo, presidente do Instituto Interagir, eventos como o Simpósio têm importante papel de levantar as questões sobre os problemas ambientais e os impactos da urbanização – “percebemos que houve uma evolução significativa neste segundo simpósio e esperamos para o próximo encontro, a ser realizado no ano que vem, novos progressos e que possamos constatar uma melhora na abordagem das questões socioambientais na região”, afirma Viviane, química industrial, especialista em Educação Ambiental e mestranda na área da Engenharia Industrial – avaliação e mitigação de impactos ambientais.
Para mais informações acerca das atividades e ações que a instituição realiza, acesse o site: www.institutointeragir.org.br

terça-feira, 31 de agosto de 2010

SIMPÓSIO SÓCIOAMBIENTAL DA REGIÃO METROPOLITANA


VALE DO AÇO

O Instituto Interagir, sediado em Ipatinga, realiza entre os dias 17 e 18 de setembro o II Simpósio Sócio ambiental da região Metropolitana do Vale do Aço. Com o tema “Efeitos da urbanização – problemáticas e ações”, serão colocadas questões urbanas da atualidade e que permeiam o cotidiano da grande maioria da população, que mora nas cidades. O evento traz uma ótima oportunidade para a discussão de temas como a paisagem urbana e meio ambiente, a gestão integrada dos territórios, a qualidade de vida no meio urbano, ocupação e planejamento, entre outros.
As inscrições podem ser feitas no campus da Unileste-MG, município de Coronel Fabriciano, entre os dias 1º a 16 de setemnbro ou pelo telefone: 8606-1419. O valor das inscrições é de R$ 15,00. Mais informações pelo site www.institutointeragir.org.br.

JORNADA MINEIRA DO PATRIMÔNIO CULTURAL


Setembro concentra as atividades da Jornada Mineira do Patrimônio Cultural – um incentivo do IEPHA-MG aos municípios mineiros – através do ICMS critério Patrimônio Cultural. Na Jornada, os municípios mineiros inscritos realizam uma série de ações locais de Educação Patrimonial, onde o objetivo é atrair a atenção da população para o Patrimônio Cultural municipal, seja ele protegido por tombamento, registro ou não.
Este é o segundo ano de realização na Jornada Mineira do Patrimônio Cultural e tem como tema “Patrimônio Cultural e Cidadania”. A proposta é que este ano os órgãos municipais desenvolvam ações de promoção dos valores culturais locais e ações de mobilização, que possa despertar nas comunidades uma atuação mais ativa e consciente junto a seu patrimônio cultural.
Abaixo a programação da Jornada em alguns municípios:

Coronel Fabriciano

1. Mostra Histórica no desfile de 7 de Setembro – na Avenida Magalhães Pinto, de 8 às 12 horas, com vitrine dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos das escolas públicas e particulares, enfatizando os aspectos da história do município e seu Patrimônio Cultural.
2. Conhecer para Preservar – haverá palestra sobre Patrimônio e Tombamento, visita orientada com os alunos e professores a bens culturais tombados no município. O objetivo é promover junto à sociedade a capacidade de reconhecimento e a valorização dos bens culturais do município.
3. IV Fabriciano em Dança – Centro de Arte e Educação (Avenida Geraldo Inácio, 880) com apresentação de grupos de danças desenvolvidas pelas escolas públicas, particulares e academias do município. Busca promover o intercâmbio entre as escolas e valorizar e incentivar a arte da dança.
4. Trabalho de Iniciação Antropológica – Centro de Arte e Educação, com exibição do Filme "Tapete Vermelho". Haverá comentário de Luís Antônios Silva _ Doutor em Sociologia e professor do Centro Universitário do Leste de Minas (Unileste).

Novo Cruzeiro

17º. Festival da Cachaça – de 3 a 6 de setembro. O evento, que já é tradicional no município, trará atrações musicais em todos os dias da programação, sempre valorizando cantores regionais, além da apresentação de artistas reconhecidos em âmbito nacional.

Chapada do Norte

1. Projeto “Valorizar Para Preservar” – encontro de Grupos e Culturas Populares. Ocorrerá dia 24 de setembro, na Comunidade Córrego de Misericórdia, distrito de Chapada do Norte, das 14:00h as 20:00h. O encontro da Comunidade de Misericórdia e participantes do grupo de Congada de Nossa Senhora do Rosário trará à tona a discussão sobre as heranças, tradições, rituais e valores da Congada de Misericórdia. Haverá apresentação de imagens e documentários referentes ao grupo de Congada de Misericórdia para sensibilização dos integrantes da beleza de sua cultura e da importância do repasse desse patrimônio às próximas gerações.
2. Oficina “Educação, Cultura e Patrimônio” – dia 23/09, na Casa de Cultura Casarão Professora Corina Badaró, Rua Manoel Bento Machado, s/nº, Centro. O objetivo é sensibilizar os professores da rede estadual e municipal de ensino para a importância da preservação do patrimônio cultural material e imaterial de Chapada do Norte.


Francisco Badaró

Encontro Melhor Idade – o evento ocorrerá dia 25/09, às 17 horas, na Praça do Mercado Municipal. O foco principal é o público local da terceira idade. Haverá apresentações de grupos culturais locais de dança e canto, com encerramento realizado por animado forró, através de banda da região.

Encontro Regional de Grupos Folclóricos


Entre os dias 25 e 26 de Setembro, o município de Minas Novas, no Alto Jequitinhonha, sediará o Encontro Regional de Grupos Folclóricos, cuja finalidade é discutir as questões relativas à preservação das manifestações culturais do Vale do Jequitinhonha.
O evento contará com a participação de 13 grupos culturais ligados às tradições da região. Entre eles está o Grupo de Congado de São Benedito e Santa Efigênia dos Homens Pretos de Minas Novas, que também é o responsável pela realização do encontro, juntamente com a Borum Ecoturismo, a Prefeitura Municipal de Minas Novas e a Paróquia de São Pedro do Fanado.
Durante o encontro, será realizada a tradicional Festa de São Benedito, que contará com a participação dos 13 grupos culturais tradicionais, que entrarão em cortejo pelas ruas da cidade. O evento também será enriquecido por palestras de professores especialistas em manifestações do patrimônio imaterial, como Frei Chico, que também celebrará uma Missa Conga.
O Encontro Regional de Grupos Folclóricos tem o patrocínio do Banco do Nordeste através do Programa BNB de Cultura, em parceria com o BNDES.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

NOVO SITE DA OCA!


A Oca – arquitetura e patrimônio cultural – tem novo sítio na Internet. O site foi desenvolvido pela Imaginosfera Comunicação – empresa que adota ações ecologicamente corretas no dia-a-dia. A programação visual priorizou o fundo escuro, como forma de economizar energia, além do aspecto mais limpo e, ao mesmo tempo, despojado. Acesse e confira:

www.ocacultural.com.br

IMAGEM RECEBE RESTAURAÇÃO



A imagem de Nossa Senhora do Rosário no município de Chapada do Norte passa por intervenção de restauro. A peça, que é tombada em nível municipal, foi levada por técnicos do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA-MG), após autorização da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, em reunião realizada no dia 22 de março.
A imagem compõe o acervo da Capela de Nossa Senhora do Rosário em Chapada do Norte. Localizada no altar-mor do templo, sai de lá apenas durante a festa em sua homenagem, para a procissão no dia de domingo, sendo depois coroada em frente à capela.
A Festa de Nossa Senhora do Rosário ocorre sempre no mês de outubro e se constitui numa das maiores manifestações locais de fé e tradição. O evento é realizado pela Irmandade de Nossa Senhora Rosário dos Homens Pretos, originalmente composta por homens negros, libertos e cativos. Atualmente é aberta a qualquer devoto de Nossa Senhora.
A manifestação é marcada pela forte herança afro-descendente, essencial para entender a cultura chapadense. Segundo a tradição oral, a Festa do Rosário surgiu com o aparecimento de uma imagem de Nossa Senhora do Rosário em um córrego nas proximidades do Arraial de Santa Cruz da Chapada (atual município de Chapada do Norte). Devido a isso este curso d’água passou a ser denominado Córrego do Rosário.
Ainda de acordo com essa história, por diversas vezes os homens foram em busca da imagem, colocando-a em uma capela. No entanto a mesma desaparecia, reaparecendo no córrego. Certo dia, os homens negros do Arraial foram buscar a imagem com muita festa, ao som dos tambores, cantorias e danças africanas, conduzindo-a até a Capela do Rosário. Na capela (erguida pela Irmandade na primeira metade do século XIX) a imagem permaneceu, não voltando ao córrego.
A partir daí a Festa do Rosário passou a ser realizada, em sinal de devoção à santa. O evento ocorre durante o mês de outubro e movimenta todo o município. A manifestação é composta de vários rituais. Em resumo, inicia-se com novenas e leilões, precedidos da lavagem da Igreja, a distribuição de angu (quinta-feira do angu), buscada da santa, encenação do tradicional “Mastro a cavalo”, levantamento da bandeira de Nossa Senhora, alvorada e cortejo. Durante os festejos, saem às ruas vários grupos tradicionais locais: os congadeiros, a Banda de Música, os Tambozeiros e o Rei e a Rainha, vestidos a caráter.
Foto: imagem de Nossa Senhora do Rosário (arquivo do Setor de Cultura da Prefeitura Municipal de Chapada do Norte).

quarta-feira, 30 de junho de 2010

MOSTRA DE CULTURA POPULAR DE CARBONITA-MG


O CARBOARTE - Mostra de Cultura Popular da Cidade de Carbonita e do Vale do Jequitinhonha, tem o objetivo de resgatar, preservar e estimular o fazer cultural no município e colaborar para as ações de desenvolvimento socioeconômico do município. Para o Vale do Jequitinhonha, o Carboarte, destaca-se pelo Intercâmbio cultural que acontece entre as cidades de toda a região que prestigiam o evento, mostrando e divulgando a produção cultural de cada município. Esse intercâmbio cultural, tem propiciado novas iniciativas, tendo em vista que pequenos empreendedores estão apostando na prática do turismo, a partir desses movimentos e investindo em infra-estrutura para receber cada vez mais visitantes de outras partes do país. Para a realização da festa, como no ano passado, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo contou com o Instituto Cultural Mandingueiro.
O 13º Carboarte aconteceu entre os dias 25 de abril a 02 de maio. A partir do dia 25 de abril até o dia 30 de abril aconteceram oficinas de percussão, artesanatos com palha de banana e oficina de cerâmica. No dia 29 e 30 de abril as aldeias indígenas Cinta Vermelha, Jundiba, Pankararu e Pataxó de Araçuaí, apresentaram uma palestra contando um pouco de suas histórias, seu dia-a-dia, enfim, sobre a cultura indígena. A partir do dia 29 de abril ao dia 02 de maio, iniciaram as manifestações culturais de Carbonita e região, além de shows na praça. Com todas as apresentações e manifestações culturais da programação, a Administração Municipal de Carbonita, através da sua Secretaria Municipal de Cultura e Turismo realizou um Carboarte multicultural, envolvendo a cultura e o turismo em um único espaço.
Nesta última edição do Carboarte estiveram presentes e participando do evento no município de Carbonita mais de 450 pessoas, somente entre artistas e equipe técnica. Veja mais fotos e informações sobre o evento no site www.carbonita.mg.gov.br
Foto: manifestação do congado de São Benedito durante o Carboarte (foto do arquivo do Setor de Cultura da Prefeitura Municipal de Carbonita).

VEM AÍ O FESTIVALE!

O Festivale é o mais importante festival cultural da Região do Vale do Jequitinhonha. O primeiro Festivale foi realizado em 1980, na cidade de Itaobim, com o intuito de valorizar as manifestações culturais do Vale do Jequitinhonha, proporcionando visibilidade e reunindo representantes da música, da literatura, do artesanato, da dança e do teatro regionais. Com os anos, o Festivale cresceu e passou a envolver um público cada vez maior. Hoje, o festival é caracterizado pela diversidade de suas atividades e por sua atuação política e cultural, visando transformar a realidade regional. A edição 2010 do Festivale ocorrerá de 25 a 31 de julho na cidade de Padre Paraíso, médio Jequitinhonha. Inscrições e mais informações no site: http://www.fecaje.org.br/portal/

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Vale do Jequitinhonha: manifestações de fé


No Vale do Jequitinhonha os meses de junho e julho concentram as tradicionais manifestações em homenagem a Nossa Senhora do Rosário. Confira abaixo parte da programação para esse importante evento do calendário religioso regional.

MINAS NOVAS:
Festa do Rosário – de 23 a 25 de junho
A tradicional e secular Festa de Nossa Senhora do Rosário é realizada desde 1810, organizada pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Minas Novas. No evento há leilões, barraquinhas, reinado com o cortejo dos reis, a tradicional busca da santa na margem do Rio Fanado, mastro e chá nas casas dos festeiros. O cortejo reúne grupos folclóricos do município, como tambozeiros e congadeiros.

NOVO CRUZEIRO:
Quadrilha – dia 26 de Junho
Tradicional quadrilha do município de Novo Cruzeiro com a participação de sanfoneiros da região, fogueira, barraquinhas com comida típica, pau de sebo e muito forró.

FRANCISCO BADARÓ:
Festa do Rosário – de 09 a 25 de julho
O evento traz várias manifestações, como a festa do mastro, o cortejo, a missa da festa, a descida do reinado, chás dos festeiros, apresentação de danças típicas, shows culturais em Praça pública sob a responsabilidade do Setor Municipal de Cultura. A ocasião promove a interação da população, dos badaroenses ausentes e visitantes. Há também a novena, na qual Nossa Senhora é homenageada pelos fiéis.

Foto: cortejo durante a festa de Nossa Senhora do Rosário em Minas Novas (autora: Isabela Grossi).

Veredinha - oratório tem importância cultural reconhecida



Em Veredinha - MG, um importante bem móvel recebeu recentemente o merecido tombamento: o oratório de Santo Antônio dos Presos. Localizado em Gameleiras – comunidade rural do município – o bem fica sob a proteção fiel de uma família que o mantém há várias gerações.
Segundo o atual responsável pelo oratório, Senhor Etelvino Moreira dos Santos, o bem foi construído a pedido do Sr. Albino Sampaio, bisavô do seu avô. Desde então o oratório foi passado de geração em geração, de casa em casa.
Quando Sr. Etelvino era criança, o oratório ficava na casa do avô, José Inês, que morava no povoado de Boiada, também na área rural de Veredinha. O bem ficou sob a guarda do Sr. José Inês até sua morte, em 1968. A partir de então o oratório passou para os cuidados do Sr. Antônio Alves de Azevedo, no povoado vizinho de Gameleira. O bem ficou sob a guarda de Sr. Antônio até a sua morte, em 1997. Com isso, o oratório de Santo Antônio dos Presos foi passado para Sr. Etelvino – filho de Sr. Antônio e que atualmente guarda o bem.
A tradição de história oral acerca do bem envolve o sincretismo religioso, através da devoção cristã e afro-descendente. Segundo contam os moradores da comunidade de Gameleira, há muitos anos, durante a escravidão, dois cativos eram conduzidos presos, quando passaram por uma fazenda em que ficava um oratório. Um dos escravos carregava uma imagem de Santo Antônio no bolso e, assim que viu o oratório, prometeu ao santo que se conseguisse sair daquela situação levaria aquela imagem para ele. Logo depois as amarras do escravo se soltaram e ele conseguiu fugir. O escravo cumpriu a promessa e até hoje a dita imagem de Santo Antônio se encontra no interior do bem. Por esta história a imagem ficou conhecida como Santo Antônio dos Presos.
O bem é utilizado até os dias atuais como instrumento devocional. A família de Sr. Etelvino sempre recebe fiéis, principalmente das comunidades rurais da região, que vão até lá para rezarem em frente ao oratório. Muitos têm o costume de deixar algum bilhete com pedidos para os santos de devoção ou fotografia de ente da família. Outro costume das pessoas é de deixar algumas moedas como sinal de agradecimento aos santos e aos proprietários do oratório, que as juntam e depois utilizam a quantia para doar aos necessitados ou para manutenção do bem.
Os proprietários sempre mantem adornos em volta do oratório, como toalhas bordadas sob vasos com flores, num sinal de reverência e devoção. Em algumas épocas do ano, como em dias de comemorações de santos padroeiros e em datas específicas do calendário católico (como Quaresma, Natal e Páscoa), há rezas e novenas na sala da casa destinada ao oratório, onde se reúne um grupo maior de pessoas.
Especialmente na época da Folia de Reis o grupo de folia da comunidade passa em várias casas, inclusive a casa onde se encontra o oratório, cantando músicas próprias do festejo ao som de caixas e violas. Os proprietários recebem o grupo com comes e bebes e os foliões colocam fitas coloridas e demais objetos de devoção nas imagens e no oratório. Cada fita tem um significado, conforme sua cor.

Texto extraído do dossiê de tombamento do oratório de Santo Antônio dos Presos (técnicos: Isabela Grossi – arquiteta; Clarissa Fazito – historiadora. Coordenação: Lyndon Célio Vieira de Aguiar – Borum Ecoturismo e Projetos Culturais).
Foto: Sr. Etelvino e Sra. Joaquina em frente ao oratório, situado em uma sala da residência do casal em Veredinha (autora: Isabela Grossi).

Nova Era: exposição de fotos “70 anos da Ponte Benedito Valadares”


Em razão dos 70 anos de sua construção, a Ponte Benedito Valadares, tombada pelo município de Nova Era como patrimônio cultural, tornou-se temporariamente área de exposição de fotos antigas durante o sábado do dia 13 deste mês. A exposição retrata o período de construção e inauguração da ponte no ano de 1940.
Sua inauguração trouxe à cidade o Presidente da República Getúlio Vargas e o Governador do Estado Benedito Valadares. A cidade, que então se chamava “Presidente Vargas” recebeu as autoridades com várias festividades. Foram 15 dias de festejos na chamada “Quinzena Cívica”. No período a ponte Benedito Valadares tornou-se a principal via de comunicação do município, ligando-o às cidades circunvizinhas e ao país.
Hoje a ponte é, sem dúvida, umas das principais referências da cidade de Nova Era, destacando-se no cenário urbano.
A exposição fotográfica que comemorou os 70 anos do bem teve ótima repercussão entre a população, recebendo um grande número de cidadãos. Entre eles, alunos da rede pública de educação e nova-erenses mais velhos, que tiveram a oportunidade de relembrar o período e até se reconhecerem em algumas fotos.
O evento foi uma efetiva ação de resgate e valorização da memória local, propiciando um momento de interação e descontração entre as diferentes gerações.

Fonte do histórico: Atlas Escolar de Nova Era, Agenda 21 e Jornal Folha de Minas (maio de 1940).
Foto: exposição de fotos antigas da ponte durante o sábado, dia 13 de maio de 2010 (autor: Albany Dias).

II Expedição da Bacia Hidrográfica do Ribeirão Ipanema



Para a comemoração da Semana do Meio Ambiente o Instituto Interagir Projetos e Pesquisas realizará a palestra “Caracterização Ambiental da Bacia Hidrográfica do Ribeirão Ipanema”. O Instituto, sediado em Ipatinga, desenvolve projetos e pesquisas nas áreas de meio ambiente, social, cultural e educação. Hoje conta um grupo de profissionais multidisciplinares, que trabalham com projetos na Região Metropolitana do Vale do Aço. Na ocasião da palestra também será feito o lançamento da II Expedição da Bacia Hidrográfica do Ribeirão Ipanema.
A primeira edição da Expedição pela Bacia do Ribeirão Ipanema foi realizada em novembro de 2009, obtendo ótima repercussão nas áreas de pesquisa ambiental do município e da região.
Como resultado desta primeira expedição foi produzido um diagnóstico da área de estudo através da aplicação de questionários em sete sub-bacias obtendo dados socioeconômicos, ambientais e de saúde. Esses dados foram abordados pela equipe do Instituto Interagir em parceria com universitários e professores da FAMEVAÇO - Faculdade de Medicina do Vale do Aço e universitários da Unileste-MG.
O lançamento da 2ª. edição da Expedição pela Bacia do Ribeirão Ipanema e a palestra ocorrerão dia 2 de junho, às 18:30 horas, no Plenário da Câmara Municipal de Ipatinga. Para maiores informações: 31.8606-1419.

Foto: grupo de congado do Ipaneminha, área rural de Ipatinga durante a I Expedição da Bacia do Ribeirão Ipanema (acervo do Instituto Interagir).

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Instituto Interagir - Interação Cultural em Ipatinga




O Instituto Interagir de Ações Educativas, Sociais, Culturais e Ambientais, promoveu no dia 06 de março de 2010, no Kart Club de Ipatinga, uma tarde de Interação (fotos), entre Associados, familiares e convidados no "Pit Stop Bar" com o tema "Interação Cultural".

No evento houve música Pop Rock, ao vivo, varal poético, recital de poesia, contação de histórias, bingo de um computador, cesta de vinho e frios e de um bezerro, além de muita descontração. Segundo Wandirlene Silva Gomes, uma das participantes do Instituto, o Encontro “Interação Cultural” foi uma iniciativa que teve o objetivo de divulgar poemas e peças teatrais feitos por pessoas desta região.

Com um público variado – crianças, adolescentes, adultos e idosos, – visou um momento de lazer, confraternização e aprendizado cultural.

BATUQUE

Além das ações culturais, educativas e de interação com a comunidade (fotos), profissionais do Instituto Interagir desenvolvem atualmente em Ipatinga uma pesquisa sobre os batuqueiros da região, suas danças e sua história.


Carbonita - Sede da Fazenda Gangorras é tombada



A Prefeitura Municipal de Carbonita, através do Conselho de Patrimônio Cultural, promoveu o tombamento da Sede da Fazenda Gangorras. Em razão de seu reconhecido valor arquitetônico, sócio-cultural e histórico, a construção foi merecedora de proteção através do tombamento em nível municipal, garantindo assim sua preservação física.

Mais conhecida como “Sobrado de Eva Duarte”, a sede da Fazenda Gangorras localiza-se na comunidade de Gangorras, área rural do município de Carbonita, Minas Gerais. A construção constitui-se de importante bem cultural material representativo do período econômico e de formação do território que hoje corresponde à Carbonita, município da região do Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais.

Erguida no século XIX, a sede possui características arquitetônicas peculiares do período, demonstrando através de seus elementos, arranjo e materiais a adaptação às especificidades regionais de clima, solo, relevo e demais aspectos naturais. À estas especificidades agregam-se também as condições sócio-econômicas da época e a cultura que se formava na região.

O proprietário mais antigo de que se tem conhecimento foi Sr. Leonardo da Barra – ou “Seu Costa” – como era mais conhecido. De acordo com fontes orais, Seu Costa era proprietário de uma vasta área de terras naquela região (que até então pertencia à Minas Novas). Leonardo residia na Fazenda da Barra – da qual os domínios iam até as proximidades do município de Itamarandiba. Ele vivia com sua família da produção agrícola e pecuária que a fazenda lhe proporcionava. Entre os filhos, Seu Costa teve Maria Antônia das Mercês, conhecida como “Dona Mariquinha” ou “Sá Mariquinha” e que posteriormente se tornaria a herdeira de parte das terras da família. Ela e o marido - . Severiano Ribeiro Moraes – residiram por muitos anos na Fazenda Gangorras, onde criaram os cinco filhos e viviam da produção agropecuária que as terras lhes proporcionavam.

Dentre as principais atividades estava a criação de suínos para a venda de toicinho em Diamantina, para onde levava a mercadoria em tropas de animais (mulas). Lá chegando, as bandas de toicinhos eram comercializadas no mercado da cidade (o atual mercado antigo, hoje desativado para esse tipo de uso).

A fazenda também fazia parte do calendário religioso tradicional local, com celebrações que ocorriam durante as festas do Divino e as Folias de Reis anualmente na área rural. Por vezes também era celebrada missa na ermida existente na varanda da sede da fazenda.

Entre 1929 e 1930 a fazenda assistiu à episódios da grande seca que houve nesse período. Ali foram abatidos num único ano doze bois para dar conta de alimentar as pessoas que chegavam lá pedindo comida. A alimentação deste período foi à base do fubá, do qual se fazia o “engrossado” – uma espécie de mingau temperado com sal e alguma carne seca – e que era servido no café da manhã, no almoço e na janta.

Posteriormente, com a morte de Sr. Severiano e depois Dona Mariquinha, a fazenda foi repartida entre os herdeiros, sendo que a parte que compreende a sede ficou com Sr. Agostinho, filho do casal nascido em 1915. Sr. Agostinho, casado com Sra. Eva Dolores Duarte, vivia da produção de vários gêneros alimentícios na própria fazenda, assim como seu pai. Também trabalhava com o trato de gado leiteiro e de corte, além de suínos e galináceos.Sr. Agostinho faleceu em 1975, deixando para os herdeiros e a viúva 360 hectares de propriedade correspondentes à Fazenda Gangorras. Em 2001 a Sra. Eva resolveu repartir sua parte das terras para os filhos. Atualmente a fazenda ainda mantém algumas das atividades agropecuárias de origem, como a produção de rapadura, hortaliças e de gado leiteiro e de corte.

Desde 2007 é realizada anualmente nos arredores da sede da fazenda a festa junina (de Santo Antônio e São João) da Associação Flor do Campo - Associação dos Produtores Rurais da Comunidade de Gangorras. A festa que tem inicio à noite conta com barraquinhas, quadrilha, concurso de dança de forró com premiação e bingo. No dia seguinte são realizadas brincadeiras como a corrida de saco, futebol, corrida convencional de adultos (homens e mulheres), da terceira idade e das crianças.

5º. Fórum das Águas do Rio Doce

O 5º. Fórum das Águas do Rio Doce será realizado nos dias 7 a 10 de abril, no Parque Ipanema, em Ipatinga. A previsão é de que serão recebidos naquele período mais de 100 mil visitantes ao evento. Um dos destaques da programação será o 4º. Fórum Regional de Mudanças Climáticas – edição Leste Mineiro 2010, que terá o tema “Construindo planos de convivência para um ambiente em transformação”.

A preparação para a 5ª edição do Fórum das Águas do Rio Doce foi intensa. Faltando dois dias para o evento, quase todas as estruturas estão montadas, além de obras de artistas plásticos regionais já instaladas, inspiradas na Mata Atlântica.
Duzentas pessoas já estão trabalhando diretamente na produção do evento, além de outros 2.500 voluntários. O objetivo é divulgar e estimular projetos e ações de recuperação da Bacia do Rio Doce e de preservação dos recursos naturais para gerações futuras, assuntos que afetam toda a população da Bacia do Rio Doce, que já supera os 3,5 milhões de pessoas.

Oficinas e minicursos
Com o tema Água e Educação – Garantia para o Futuro, e tendo como lema “Agir para Mudar”, serão desenvolvidas centenas de atividades simultâneas. Serão oficinas, minicursos, palestras, encontros, fóruns de discussão, mostras, exposições de projetos e ações de iniciativa pública ou privada, governamental ou não-governamental, além da discussão do Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce (PIRH-Doce).
A coordenadora da Associação Projeto Águas do Rio Doce, Zaira Andrade, ressalta que este é um momento propício para fomentar a preservação da bacia do rio Doce. “O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce aprova em março de 2010 o Plano Integrado de Recursos Hídricos, que traça metas de recuperação da bacia, como a redução do consumo e do desperdício da água tratada. Dezoito por cento do PIB de Minas Gerais estão concentrados nas cidades que compõem a Bacia do Rio Doce e boa parte desse percentual deve-se às atividades econômicas do Vale do Aço. Temos força para nos unir e a comunidade está receptiva”, avalia Zaira Andrade.

O Fórum

O 5° Fórum das Águas do Rio Doce faz parte do processo de sensibilização, mobilização, formação, informação, experimentação e práticas sobre o Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce (PIRH-Doce). O objetivo é atingir toda a sociedade da Bacia, representada por seus vários setores, sempre em parceria com a comunidade do local onde é realizado. O evento é a continuação de um trabalho de sucesso que já atraiu mais de 300 mil pessoas de cidades mineiras e capixabas desde 2005 até sua quarta edição, em Linhares-ES. Sozinho, o terceiro evento, que aconteceu na cidade de Ipatinga, em 2007, recebeu cerca de 130 mil pessoas. O lema desta edição é “Água e Educação: Garantia para o Futuro”.

Maiores informações no endereço eletrônico www.aguasdoriodoce.com.br.

Ambiental 2010

O evento será realizado nos dias 15 e 16 de abril, na Universidade Federal de Viçosa. A preocupação mundial com o meio ambiente e com o social estão impondo uma nova forma de comércio e obrigando empresas e organizações a adotarem procedimentos sustentáveis, especialmente naquelas empresas concessionárias de geração de energia.

Isso já se reflete nos negócios. Empresas que têm a sustentabilidade como parte importante de sua essência e/ou de sua atuação têm conseguido avanços expressivos em termos de visibilidade e de resultados financeiros. A crise econômico-financeira mundial demonstrou que as empresas têm que considerar a sustentabilidade em suas estratégias de negócio de curto, médio e longo prazos. Essa movimentação é vista de maneira positiva pela sociedade e abre espaço para que mais e mais pessoas, entidades e organizações discutam o assunto.

O desenvolvimento sustentável requer mudanças no comportamento dos indivíduos e das organizações e na sua relação com o meio ambiente. A humanidade está diante do desafio de construir um novo padrão civilizatório. As forças que contribuem para esse processo têm raízes nos saberes e valores dos indivíduos, das organizações e da sociedade, bem como na ética e na cultura que orientam seu comportamento.

Consumo responsável

A questão de adotar ações sustentáveis atende a um novo padrão de consumo e esse novo padrão está fazendo surgir um novo perfil de consumidor, mais consciente com o meio ambiente no qual ele se insere.
De uma forma simples, podemos afirmar que garantir a sustentabilidade de um projeto ou de uma região determinada é garantir que, mesmo explorada, essa área continuará a prover recursos e bem estar econômico e social para as comunidades que nela vivem por muitas e muitas gerações. Mantendo a força vital e a capacidade de regenerar-se mesmo diante da ação contínua e da presença atuante da mão humana.
Pesquisa recente feita pelo Grupo HAVAS revelou que: Cerca de 94% dos brasileiros recomendam enfaticamente aos amigos produtos de empresas com iniciativas sustentáveis. • 84% acreditam que têm o poder de fazer com que as organizações se comportem com mais responsabilidade. • 86% estão dispostos a recompensar empresas que possuem ações sustentáveis e 80% a punir as companhias irresponsáveis.

TEMÁRIO

• As empresas do agronegócio brasileiro e seus modelos de sustentabilidade;

• Geração de energia e sustentabilidade: modelos adotados;

• Mudanças climáticas, biodiversidade e sustentabilidade;


• Sustentabilidade na indústria de mineração;


• Consumo consciente;

• Sustentabilidade e gestão de marcas: marketing verde?;

• Ecopedagogia como ferramenta minimizadora dos impactos econômicos.

Mais informações no site: http://www.institutobrasil.com/ambiental2010/

OCA - Notícias sobre o Patrimônio Cultural - Edição de Março de 2010