Entre Folhas - No dia 29 de agosto de 2013 foi inaugurada a Casa da Cultura do município de Entre Folhas/MG. O evento contou com a presença do prefeito Edson Rogério da Silva, a secretária de educação Lourdes Pelizari, a diretora da Escola Estadual Doutor José Augusto – Rosângela do Carmo e Silva, a Secretária de Meio Ambiente Giovânia dos Santos, a gerente da Secretaria Municipal de Cultura Grazielle Oliveira Ernesto, a gestora de convênios municipais Ângela Pereira, a Gerente de Assistência Social Meire Débora da Silveira, a gerente de Saúde Camila da Silveira, o vereador Rafael de Oliveira, o pastor Moacir Gonçalves e a pastora Renata Oliveira.
O evento também teve a participação especial dos escritores locais Maria Helena Guedes, Hélio Soares do Amaral e José Faria de Morais e dos alunos e professores da Escola Estadual Doutor José Augusto.
A Casa da Cultura foi criada com o objetivo de valorizar a história, a memória e as tradições de Entre Folhas. Por meio dela, a comunidade terá acesso a peças e fotos antigas, relativas aos costumes locais, além de referências bibliográficas relativas à história e cultura do município. A criação desse espaço cultural teve direta contribuição da população, que abraçou o projeto doando móveis, artefatos antigos para exposição, trabalhos artesanais, livros, etc.
Um dos destaques da Casa de Cultura diz respeito à valorização e divulgação de escritores entre folhenses: Maria Helena Guedes, Hélio Soares do Amaral, José Faria de Morais, Elias Rodrigues de Oliveira, Layr Quintino Malta, Wagner Moreira Martins, Sebastião Guedes Gomes, Glória Soares do Amaral. Na ocasião, houve a doação de livros autografados ao público em idade escolar que estava presente.
Outro destaque da inauguração da Casa de Cultura foi apresentação do grupo Entre Capoeira e dos cantores Emerson Cássio e José Geraldo Gregório.
Em entrevista, a gerente de cultura do munícipio, Grazielle Gonçalves de Oliveira Ernesto, fez questão de deixar seus agradecimentos a todos que, de alguma forma, contribuíram para a criação da Casa de Cultura:
“A Casa de Cultura é um indispensável veículo de valorização da sociedade como um todo, pois é preciso conhecer o passado para, com qualidade, desfrutarmos o presente e sabiamente planejarmos um futuro ainda melhor.”
A Casa de Cultura funciona das 09:00 h às 17:00 horas, na construção que já serviu a um antigo estabelecimento comercial, à Praça Padre José Lanzillotti, no Centro de Entre Folhas.
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Ação Popular anula destombamento de casarão antigo em Muriaé (MG)
Muriaé - No último dia 23 de outubro o Juiz de Direito da Comarca de Muriaé, Dr. Marcelo Picanço de Andrade Von Held deferiu medida liminar requerida em ação popular determinando a suspensão de um Decreto emitido pelo Município de Muriaé que fez o destombamento de um casarão da Fazenda Boa Vista. Na decisão o Juiz ainda determinou que não seja construída uma barragem que pode ensejar o alagamento da Fazenda Boa Vista. A ação popular foi interposta por Rachel Monteiro de Castro Jansem, patrocinada pelo escritório Leonardo Rezende advogados Associados.
A ação busca anular um Decreto que fez o destombamento de um imóvel de imensurável valor histórico e cultural da cidade de Muriaé, que é a Fazenda Boa Vista, construída por Cel. Domiciano, que chegou nesta região vindo de Belo Vale, com 60 burros e sessenta acompanhantes, isso na segunda metade do século XIX, quando desbravava a Mata Mineira.
A ação busca anular um Decreto que fez o destombamento de um imóvel de imensurável valor histórico e cultural da cidade de Muriaé, que é a Fazenda Boa Vista, construída por Cel. Domiciano, que chegou nesta região vindo de Belo Vale, com 60 burros e sessenta acompanhantes, isso na segunda metade do século XIX, quando desbravava a Mata Mineira.
Encontro de Bandas de Música
Nova Era - No último dia 13 de outubro oito corporações musicais da região se apresentaram na Praça dos Expedicionários em Nova Era. O encontro foi realizado pela Corporação Musical Euterpe Lagoana, em parceria com a Prefeitura Municipal de Nova Era. Para 2014 a Euterpe já busca recursos junto a Lei de incentivo a cultura, com projeto cadastrado / aprovado no Ministério da Cultura. Mais detalhes e fotos: http://www.novaera.mg.gov.br
Curativos Urbanos para conservar o patrimônio
Uberaba - Projeto que ganhou repercussão nacional devido à presença nas redes sociais, “Curativos Urbanos”, inspirou alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Uberaba (Uniube) a realizar o manifesto denominado “Feridas Arquitetônicas” para resgatar a memória e conservar o patrimônio arquitetônico de Uberaba, através de “curativos”. O projeto original visa apontar os problemas urbanos existentes nas cidades por meio da colocação de “curativos” em áreas degradadas.
Os alunos decidiram manifestar através dos curativos alertando para a falta de preocupação com os bens históricos de Uberaba e chamar a atenção da população para que ela perceba a importância da história local através de seus edifícios.
Os imóveis escolhidos para receber curativos apresentam intervenções inadequadas que alteram a paisagem urbana e interferem em sua originalidade. Segundo a professora Eliane Furtado, alguns edifícios pedem socorro e eles estão, através dos curativos, dando voz aos gritos das construções. Fonte: Jornal de Uberaba
Os alunos decidiram manifestar através dos curativos alertando para a falta de preocupação com os bens históricos de Uberaba e chamar a atenção da população para que ela perceba a importância da história local através de seus edifícios.
Os imóveis escolhidos para receber curativos apresentam intervenções inadequadas que alteram a paisagem urbana e interferem em sua originalidade. Segundo a professora Eliane Furtado, alguns edifícios pedem socorro e eles estão, através dos curativos, dando voz aos gritos das construções. Fonte: Jornal de Uberaba
Tombamento do Centro Histórico
Oliveira - O Conselho Estadual de Patrimônio de Minas Gerais, CONEP, aprovou por unanimidade no último dia 31 de outubro a resposta do IEPHA/MG à impugnação apresentada pelo Município de Oliveira ao tombamento do Centro Histórico daquela cidade, região oeste do Estado. Assim, concluiu-se o tombamento do Centro Histórico de Oliveira, passando-se ao seu tombamento definitivo, nos termos da legislação vigente. Fonte: IEPHA/MG.
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Ministério Público assina Termo de Ajustamento de Conduta com o Serro
Documento visa proteger patrimônio de Milho Verde (Fotos) e São Gonçalo do Rio das Pedras
O Ministério Público de Minas Gerais assinou dois Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) com a prefeitura do Serro, com o objetivo de preservar o patrimônio histórico-cultural dos distritos do município de grande importância turística, paisagística, natural, artística e cultural – Milho Verde e São Gonçalo do Rio das Pedras. De acordo com os TACs a prefeitura deverá editar decreto que regulamente três artigos do plano diretor da cidade para definir parâmetros e diretrizes para intervenções nos distritos. O município se comprometeu ainda a designar servidor público municipal para exercer funções de proteção do ordenamento urbano, patrimônio cultural e ambiental de Milho Verde e São Gonçalo do Rio das Pedras.
Entre os itens do plano diretor a serem atendidos está a altura máxima para construções nos distritos, de 4,5 metros, altimetria dominante na área histórica. Ficarão vedadas intervenções descaracterizantes, sendo necessário que as alterações e os projetos de reforma, ampliação ou construção sejam previamente apreciados e aprovados pelo Conselho Municipal de Patrimônio Cultural.
Constam ainda nas obrigações do município a preservação do traçado urbano original e a definição de graus de proteção diferenciados para as edificações integrantes da área protegida, levando-se em conta os valores histórico, arquitetônico e paisagístico. Não serão permitidas instalações de antenas de telecomunicações na área protegida.
Reconstruções somente serão admitidas em casos isolados, a critério do Conselho Municipal de Patrimônio Cultural, respeitando o volume original e proporções dos vãos antigos no caso de demolição. Em situações que envolvam restauração do imóvel (ou partes), deverão ser salvaguardados os elementos formais preexistentes mais característicos da fachada do imóvel.
Os materiais empregados nas fachadas das edificações precisarão ser preferencialmente os mesmos das edificações encontradas na área, com cores coerentes com o conjunto, não podendo ser utilizados portões e muros divisórios em chapas metálicas.
Toda intervenção nas edificações integrantes da área protegida deverá obedecer às diretrizes aprovadas pelo conselho municipal competente, de forma a se manter as tipologias urbanísticas, arquitetônicas e paisagísticas que configuram a imagem dos lugares.
Placas, toldos e engenhos publicitários dos estabelecimentos comerciais existentes serão regulamentados e padronizados, para que estejam em harmonia com a arquitetura e não obstruam os elementos arquitetônicos característicos das edificações.
Entre as considerações que levaram à assinatura dos TACs consta o reconhecimento, por parte do município, de que a proteção é deficitária e que, a permanecer tal situação, o fato pode configurar ato de improbidade administrativa, dando ensejo ao ajuizamento de Ação Civil Pública com obrigação de fazer, além de crime de responsabilidade.
O Ministério Público de Minas Gerais assinou dois Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) com a prefeitura do Serro, com o objetivo de preservar o patrimônio histórico-cultural dos distritos do município de grande importância turística, paisagística, natural, artística e cultural – Milho Verde e São Gonçalo do Rio das Pedras. De acordo com os TACs a prefeitura deverá editar decreto que regulamente três artigos do plano diretor da cidade para definir parâmetros e diretrizes para intervenções nos distritos. O município se comprometeu ainda a designar servidor público municipal para exercer funções de proteção do ordenamento urbano, patrimônio cultural e ambiental de Milho Verde e São Gonçalo do Rio das Pedras.
Entre os itens do plano diretor a serem atendidos está a altura máxima para construções nos distritos, de 4,5 metros, altimetria dominante na área histórica. Ficarão vedadas intervenções descaracterizantes, sendo necessário que as alterações e os projetos de reforma, ampliação ou construção sejam previamente apreciados e aprovados pelo Conselho Municipal de Patrimônio Cultural.
Constam ainda nas obrigações do município a preservação do traçado urbano original e a definição de graus de proteção diferenciados para as edificações integrantes da área protegida, levando-se em conta os valores histórico, arquitetônico e paisagístico. Não serão permitidas instalações de antenas de telecomunicações na área protegida.
Reconstruções somente serão admitidas em casos isolados, a critério do Conselho Municipal de Patrimônio Cultural, respeitando o volume original e proporções dos vãos antigos no caso de demolição. Em situações que envolvam restauração do imóvel (ou partes), deverão ser salvaguardados os elementos formais preexistentes mais característicos da fachada do imóvel.
Os materiais empregados nas fachadas das edificações precisarão ser preferencialmente os mesmos das edificações encontradas na área, com cores coerentes com o conjunto, não podendo ser utilizados portões e muros divisórios em chapas metálicas.
Toda intervenção nas edificações integrantes da área protegida deverá obedecer às diretrizes aprovadas pelo conselho municipal competente, de forma a se manter as tipologias urbanísticas, arquitetônicas e paisagísticas que configuram a imagem dos lugares.
Placas, toldos e engenhos publicitários dos estabelecimentos comerciais existentes serão regulamentados e padronizados, para que estejam em harmonia com a arquitetura e não obstruam os elementos arquitetônicos característicos das edificações.
Entre as considerações que levaram à assinatura dos TACs consta o reconhecimento, por parte do município, de que a proteção é deficitária e que, a permanecer tal situação, o fato pode configurar ato de improbidade administrativa, dando ensejo ao ajuizamento de Ação Civil Pública com obrigação de fazer, além de crime de responsabilidade.
Ex-metalúrgicos tentam evitar modificações na capela em Timóteo, no Vale do Aço
Apesar da simplicidade, a pequena Capela de São José Operário, erguida na década de 1950 na Praça de Primeiro de Maio, em Timóteo, no Vale do Aço, ganhou significado maior ao servir de ponto de apoio às greves de metalúrgicos durante a ditadura militar e acolher trabalhadores perseguidos pelos patrões. Esses mesmos operários lutam agora contra a ameaça de descaracterização da igreja, que seria ampliada em até três vezes com o objetivo de comportar os fiéis nas missas de domingo. Para defender a capela, os trabalhadores chegaram a pedir socorro à Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural de Timóteo.
Apesar de a igrejinha ainda não ter sido tombada pelo patrimônio histórico, a última palavra caberá ao promotor de justiça Kepler Cota Cavalcante Silva, que evitou dar entrevistas ontem. Por meio da assessoria de imprensa, informou apenas que encaminhou ao Ministério Público estadual pedido de vistoria técnica de historiador e arquiteto, devidamente qualificados, para bater o martelo em relação ao valor histórico e cultural da Capela São de José Operário. O pedido ainda não foi avaliado pelo promotor responsável pela área em Belo Horizonte, Marcos Paulo de Souza Miranda, que em férias e retorna só na segunda-feira.
Até a direção do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Timóteo e Coronel Fabriciano foi acionada para interferir nas questões da fé na cidade, que dividem os próprios católicos. “O padre quer demolir nossa igrejinha, que já é tombada no coração das pessoas da cidade. Nela, nos casamos e batizamos nossos filhos”, conta Jésus Ferraz Barbosa, metalúrgico e sindicalista aposentado, que mobilizou mais de 2 mil pessoas pela internet contra a reforma. Segundo ele, o departamento jurídico do sindicato acionou o MP e a prefeitura, com o objetivo de cassar o alvará que permite reformas no templo.
“Só reclama quem não frequenta mais a capela. Acho que 99% dos fiéis estão a favor da ampliação da matriz”, garante o trabalhador aposentado da antiga Acesita Eugênio Nunes de Souza, de 61 anos, coordenador da Matriz de São José de Acesita. Ele explica que a atual capacidade da igreja é de 100 pessoas sentadas e 300 em pé. Para receber mais de 1,5 mil católicos na missa mais concorrida, às 19h30 de domingo, é necessário transferir o altar para fora da capela, além das mais de 1 mil cadeiras improvisadas. “Cinco voluntários chegam três horas antes da missa e preparam tudo. Não é fácil, mas o pessoal trabalha com afinco”, afirma.
“Não vamos interferir na fachada da igreja e não há nada definitivo ainda. O projeto está sendo elaborado com seriedade e será submetido a consulta pública”, diz o padre Pascifal José, de 43, natural de Petrolina (PE), nomeado pároco em maio de 2010. Ele substitui Abdala Jorge, o falecido padre que, durante 50 anos, liderou o histórico de lutas trabalhistas em torno da Praça Primeiro de Maio. “A igreja já tem um puxadinho, que acabou se tornando uma gambiarra e não resolveu o problema, porque os fiéis ficam praticamente de costas para o altar. Minha preocupação é com os idosos e cadeirantes, que, chova ou faça sol, participam da missa do lado de fora por falta de espaço”, sustenta.
Litúrgico
Padre Pascifal diz estar aberto a outras sugestões, como a realização de plebiscito para decidir se a igreja deve ser reformada ou a cessão de terreno por particulares ou poder público capaz de comportar um templo três a cinco vezes maior que o atual. “No projeto arquitetônico, que será entregue em 90 dias, está mantida a fachada da igreja. O altar iria para o fundo da capela, e, no meio, seria acrescentado de cinco a seis metros de construção, o que aumentaria a capacidade para 1,1 mil pessoas sentadas. Estão previstos espaços litúrgicos para a celebração de batismo e casamento, nova engenharia, som e acústica, além de espaço para coral e confessionários”, detalha.
Antes de pensar na ampliação, a comunidade da Capela de São José discutiu a alternativa da igreja do Timirim, conhecida como Matriz de São José, que comporta exatamente a mesma quantidade de pessoas e costuma ficar vazia. A ideia, entretanto, foi recusada. Além do apego dos moradores à histórica capelinha, a igreja central conta com localização estratégica e proximidade de pontos de ônibus para quem vem de outros bairros e das cidades próximas, como Ipatinga e Coronel Fabriciano. Fonte: http://defender.org.br
Apesar de a igrejinha ainda não ter sido tombada pelo patrimônio histórico, a última palavra caberá ao promotor de justiça Kepler Cota Cavalcante Silva, que evitou dar entrevistas ontem. Por meio da assessoria de imprensa, informou apenas que encaminhou ao Ministério Público estadual pedido de vistoria técnica de historiador e arquiteto, devidamente qualificados, para bater o martelo em relação ao valor histórico e cultural da Capela São de José Operário. O pedido ainda não foi avaliado pelo promotor responsável pela área em Belo Horizonte, Marcos Paulo de Souza Miranda, que em férias e retorna só na segunda-feira.
Até a direção do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Timóteo e Coronel Fabriciano foi acionada para interferir nas questões da fé na cidade, que dividem os próprios católicos. “O padre quer demolir nossa igrejinha, que já é tombada no coração das pessoas da cidade. Nela, nos casamos e batizamos nossos filhos”, conta Jésus Ferraz Barbosa, metalúrgico e sindicalista aposentado, que mobilizou mais de 2 mil pessoas pela internet contra a reforma. Segundo ele, o departamento jurídico do sindicato acionou o MP e a prefeitura, com o objetivo de cassar o alvará que permite reformas no templo.
“Só reclama quem não frequenta mais a capela. Acho que 99% dos fiéis estão a favor da ampliação da matriz”, garante o trabalhador aposentado da antiga Acesita Eugênio Nunes de Souza, de 61 anos, coordenador da Matriz de São José de Acesita. Ele explica que a atual capacidade da igreja é de 100 pessoas sentadas e 300 em pé. Para receber mais de 1,5 mil católicos na missa mais concorrida, às 19h30 de domingo, é necessário transferir o altar para fora da capela, além das mais de 1 mil cadeiras improvisadas. “Cinco voluntários chegam três horas antes da missa e preparam tudo. Não é fácil, mas o pessoal trabalha com afinco”, afirma.
“Não vamos interferir na fachada da igreja e não há nada definitivo ainda. O projeto está sendo elaborado com seriedade e será submetido a consulta pública”, diz o padre Pascifal José, de 43, natural de Petrolina (PE), nomeado pároco em maio de 2010. Ele substitui Abdala Jorge, o falecido padre que, durante 50 anos, liderou o histórico de lutas trabalhistas em torno da Praça Primeiro de Maio. “A igreja já tem um puxadinho, que acabou se tornando uma gambiarra e não resolveu o problema, porque os fiéis ficam praticamente de costas para o altar. Minha preocupação é com os idosos e cadeirantes, que, chova ou faça sol, participam da missa do lado de fora por falta de espaço”, sustenta.
Litúrgico
Padre Pascifal diz estar aberto a outras sugestões, como a realização de plebiscito para decidir se a igreja deve ser reformada ou a cessão de terreno por particulares ou poder público capaz de comportar um templo três a cinco vezes maior que o atual. “No projeto arquitetônico, que será entregue em 90 dias, está mantida a fachada da igreja. O altar iria para o fundo da capela, e, no meio, seria acrescentado de cinco a seis metros de construção, o que aumentaria a capacidade para 1,1 mil pessoas sentadas. Estão previstos espaços litúrgicos para a celebração de batismo e casamento, nova engenharia, som e acústica, além de espaço para coral e confessionários”, detalha.
Antes de pensar na ampliação, a comunidade da Capela de São José discutiu a alternativa da igreja do Timirim, conhecida como Matriz de São José, que comporta exatamente a mesma quantidade de pessoas e costuma ficar vazia. A ideia, entretanto, foi recusada. Além do apego dos moradores à histórica capelinha, a igreja central conta com localização estratégica e proximidade de pontos de ônibus para quem vem de outros bairros e das cidades próximas, como Ipatinga e Coronel Fabriciano. Fonte: http://defender.org.br
Asfalto agride Ouro Preto (MG)
OURO PRETO - O caminho de acesso ao Museu Casa dos Inconfidentes, na Vila Aparecida, teve suas pedras cobertas pelas máquinas da prefeitura e se tornou alvo de inquérito do Ministério Público (MP) de Minas Gerais. Como a Rua Engenheiro Correa está no entorno da área tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o promotor de Justiça Domingos Ventura de Miranda Júnior, da 4ª Vara da Comarca, investiga o caso e quer saber porque a autarquia federal deu sinal verde para a intervenção que gera polêmica no município.
“O calçamento dialogava com o monumento do século 18. Além de valorizar e proteger o local onde os inconfidentes se reuniam, as pedras davam harmonia ao cenário”, disse Domingos, que atua em parceria com o coordenador das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais (CPPC), Marcos Paulo de Souza Miranda. Uma analista em arquitetura e urbanismo da Coordenadoria, Andréa Lanna Novaes, esteve em Ouro Preto para fazer um laudo sobre a situação. O casarão administrado pela prefeitura pertenceu a José Álvares Maciel, capitão-mor de Vila Rica, que era pai e genro de dois envolvidos no movimento liderado por Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes: José Álvares Maciel, o filho, formado em filosofia na Universidade de Coimbra, e tenente-coronel Francisco de Paula Freire, militar da Capitania de Minas e inconfidente.
Quem chega ao casarão, conhecido como Chácara dos Inconfidentes, não deixa de tomar um susto. Várias ruas da Vila Aparecida foram pavimentadas, com um choque profundo entre a paisagem e o asfalto. “Foi um absurdo, fizeram tudo à revelia da comunidade, sem planejamento. A obra provocou a descaracterização do bem cultural. Não há passeio e só quero ver quando vier a chuva”, disse um jovem, que o anonimato.
O promotor instaurou o inquérito e já enviou ofício à Prefeitura de Ouro Preto e ao Iphan. No documento, está anexada fotografia do momento em que as máquinas terminavam o serviço na porta do museu. “Por que asfaltar este trecho, que não é corredor de trânsito nem local de movimento?”, indaga o promotor que quer saber se o Conselho Municipal do Patrimônio Cultural e Natural de Ouro Preto foi ouvido. A presidente do conselho, Débora Queiroz, diz que não houve qualquer comunicação.
Proibição
O titular do CPPC, Marcos Paulo, lembra que Ouro Preto foi a primeira cidade do país protegida por decreto federal, em 1933. Além da questão história, há a ambiental. Ele esclarece que, pela legislação urbanística de Ouro Preto, o caminho do museu está em Zona Especial de Proteção Ambiental (Zepam), pela qual é vedada a impermeabilização das vias públicas: “Trata-se uma área em topo de morro e o asfalto impede a absorção da água pelo solo.” Marcos Paulo acrescenta que houve precedente em Mariana, onde a Justiça determinou a retirada do asfalto.
O secretário de Cultura e Patrimônio de Ouro Preto, José Alberto Pinheiro, informou que o serviço foi feito com autorização do Iphan, o que é confirmado pelo pelo chefe do escritório local, João Carlos Cruz de Oliveira. João Carlos explicou que o acesso ao museu tem 200 metros e não fere regulamento do patrimônio.
Para os defensores do patrimônio cultural de Ouro Preto, o asfaltamento da Rua Engenheiro Correa foi uma aberração e uma porta de entrada para a degradação. Preocupada, a pesquisadora e doutora em demografia Kátia Maria Nunes Campos teme que Ouro Preto esteja condenada a um fim trágico e inevitável. “Essa decisão não demandou audiência. Houve uma completa descaracterização da região”, lamenta.
Os moradores da Vila Aparecida ou Morro da Aparecida, comemoram a chegada do asfalto. “Foi muito bom e não atrapalha em nada o visual”, disse o assistente de laboratório Márcio Francisco Braga Fortes, de 57 anos, que vê falhas, como a falta de limpeza de bueiros e de obras na rede pluvial.
Desmatamento embargado
O desmatamento de uma área no antigo Jardim Botânico de Ouro Preto, implantado no século 19 às margens da Rua Padre Rolim, também está na mira do Ministério Público. Segundo o promotor Domingos Miranda Júnior, a obra foi embargada pela Polícia Militar do Meio Ambiente, que fez uma ocorrência. No local, a prefeitura pretendia construir um depósito para material e equipamentos de obras públicas. Ele explica que a recuperação do Jardim Botânico é uma bandeira do MP, tanto pela história como importância na vida da cidade. No local ficaram as ruínas e o objetivo é fazer parceria com o curso de farmácia para dinamização do espaço e produção de mudas. Fonte: http://defender.org.br
“O calçamento dialogava com o monumento do século 18. Além de valorizar e proteger o local onde os inconfidentes se reuniam, as pedras davam harmonia ao cenário”, disse Domingos, que atua em parceria com o coordenador das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais (CPPC), Marcos Paulo de Souza Miranda. Uma analista em arquitetura e urbanismo da Coordenadoria, Andréa Lanna Novaes, esteve em Ouro Preto para fazer um laudo sobre a situação. O casarão administrado pela prefeitura pertenceu a José Álvares Maciel, capitão-mor de Vila Rica, que era pai e genro de dois envolvidos no movimento liderado por Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes: José Álvares Maciel, o filho, formado em filosofia na Universidade de Coimbra, e tenente-coronel Francisco de Paula Freire, militar da Capitania de Minas e inconfidente.
Quem chega ao casarão, conhecido como Chácara dos Inconfidentes, não deixa de tomar um susto. Várias ruas da Vila Aparecida foram pavimentadas, com um choque profundo entre a paisagem e o asfalto. “Foi um absurdo, fizeram tudo à revelia da comunidade, sem planejamento. A obra provocou a descaracterização do bem cultural. Não há passeio e só quero ver quando vier a chuva”, disse um jovem, que o anonimato.
O promotor instaurou o inquérito e já enviou ofício à Prefeitura de Ouro Preto e ao Iphan. No documento, está anexada fotografia do momento em que as máquinas terminavam o serviço na porta do museu. “Por que asfaltar este trecho, que não é corredor de trânsito nem local de movimento?”, indaga o promotor que quer saber se o Conselho Municipal do Patrimônio Cultural e Natural de Ouro Preto foi ouvido. A presidente do conselho, Débora Queiroz, diz que não houve qualquer comunicação.
Proibição
O titular do CPPC, Marcos Paulo, lembra que Ouro Preto foi a primeira cidade do país protegida por decreto federal, em 1933. Além da questão história, há a ambiental. Ele esclarece que, pela legislação urbanística de Ouro Preto, o caminho do museu está em Zona Especial de Proteção Ambiental (Zepam), pela qual é vedada a impermeabilização das vias públicas: “Trata-se uma área em topo de morro e o asfalto impede a absorção da água pelo solo.” Marcos Paulo acrescenta que houve precedente em Mariana, onde a Justiça determinou a retirada do asfalto.
O secretário de Cultura e Patrimônio de Ouro Preto, José Alberto Pinheiro, informou que o serviço foi feito com autorização do Iphan, o que é confirmado pelo pelo chefe do escritório local, João Carlos Cruz de Oliveira. João Carlos explicou que o acesso ao museu tem 200 metros e não fere regulamento do patrimônio.
Para os defensores do patrimônio cultural de Ouro Preto, o asfaltamento da Rua Engenheiro Correa foi uma aberração e uma porta de entrada para a degradação. Preocupada, a pesquisadora e doutora em demografia Kátia Maria Nunes Campos teme que Ouro Preto esteja condenada a um fim trágico e inevitável. “Essa decisão não demandou audiência. Houve uma completa descaracterização da região”, lamenta.
Os moradores da Vila Aparecida ou Morro da Aparecida, comemoram a chegada do asfalto. “Foi muito bom e não atrapalha em nada o visual”, disse o assistente de laboratório Márcio Francisco Braga Fortes, de 57 anos, que vê falhas, como a falta de limpeza de bueiros e de obras na rede pluvial.
Desmatamento embargado
O desmatamento de uma área no antigo Jardim Botânico de Ouro Preto, implantado no século 19 às margens da Rua Padre Rolim, também está na mira do Ministério Público. Segundo o promotor Domingos Miranda Júnior, a obra foi embargada pela Polícia Militar do Meio Ambiente, que fez uma ocorrência. No local, a prefeitura pretendia construir um depósito para material e equipamentos de obras públicas. Ele explica que a recuperação do Jardim Botânico é uma bandeira do MP, tanto pela história como importância na vida da cidade. No local ficaram as ruínas e o objetivo é fazer parceria com o curso de farmácia para dinamização do espaço e produção de mudas. Fonte: http://defender.org.br
Minas Novas tem Rodada do Patrimônio Cultural
MINAS NOVAS - O governo mineiro, através de sua Secretaria de Estado de Cultura, está convidando para a Rodada do ICMS Patrimônio Cultural, que será promovida pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA/MG), em Minas Novas, nesta quinta-feira dia 3 de outubro.
O evento faz parte da programação do Minas Território da Cultura. Será realizado no auditório da Câmara Municipal da cidade. As inscrições estão abertas desde o último dia 20 de setembro e podem ser feitas através do e-mail rodadaicms@iepha.mg.gov.br
O evento faz parte da programação do Minas Território da Cultura. Será realizado no auditório da Câmara Municipal da cidade. As inscrições estão abertas desde o último dia 20 de setembro e podem ser feitas através do e-mail rodadaicms@iepha.mg.gov.br
Entre Folhas - 1ª Conferência Municipal de Cultura
ENTRE FOLHAS - Foi realizada no município, no dia 10 de agosto, a 1ª Conferência Municipal de Cultura. O objetivo foi produzir debate cultural e criação de ideias, por parte da população em parceria com o governo. Foram eleitos os dois delegados que representarão o município nas próximas conferências, estadual e nacional de cultura. No mesmo encontro, foi aprovado o regimento interno, e apresentados os eixos e sub-eixos.
O tema do evento foi “Construindo uma Política Pública de Cultura”, e a conferência trouxe quatro eixos temáticos: Implementação do Sistema Nacional de Cultura, Produção Simbólica e Diversidade Cultural, Cidadania e Direitos Culturais, Cultura e Desenvolvimento.
O evento contou com a apresentação do grupo teatral: Adoradores Radicais, com um jogral (escrito por Josiene Kelita - Ieiê), música ao vivo com Claudia da Silva; grupos de trabalho; apresentação artística com Thays Silvia, que dançou: “Eterno aprendiz” de Gonzaguinha.
Estiveram no encontro, o prefeito Edson Rogério da Silva, as secretárias Maria de Lourdes Pelizari (Educação), Giovânia dos Santos Vieira (Meio Ambiente e Agricultura); Vinícius de Sousa Faria (conferencista); Grazielle Gonçalves de Oliveira (Departamento de Cultura, Esporte, Lazer e turismo); Ângela Pereira Ferreira (gestora municipal de convênios); Rosângela do Carmo e Silva (diretora do E.E. Dr. José Augusto); Leiliane Márcia da Silva (diretora do CMEI) e Rafael do Lau (vereador). (Fonte: Diário das Gerais)
O tema do evento foi “Construindo uma Política Pública de Cultura”, e a conferência trouxe quatro eixos temáticos: Implementação do Sistema Nacional de Cultura, Produção Simbólica e Diversidade Cultural, Cidadania e Direitos Culturais, Cultura e Desenvolvimento.
O evento contou com a apresentação do grupo teatral: Adoradores Radicais, com um jogral (escrito por Josiene Kelita - Ieiê), música ao vivo com Claudia da Silva; grupos de trabalho; apresentação artística com Thays Silvia, que dançou: “Eterno aprendiz” de Gonzaguinha.
Estiveram no encontro, o prefeito Edson Rogério da Silva, as secretárias Maria de Lourdes Pelizari (Educação), Giovânia dos Santos Vieira (Meio Ambiente e Agricultura); Vinícius de Sousa Faria (conferencista); Grazielle Gonçalves de Oliveira (Departamento de Cultura, Esporte, Lazer e turismo); Ângela Pereira Ferreira (gestora municipal de convênios); Rosângela do Carmo e Silva (diretora do E.E. Dr. José Augusto); Leiliane Márcia da Silva (diretora do CMEI) e Rafael do Lau (vereador). (Fonte: Diário das Gerais)
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Congado é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial
CHAPADA DO NORTE
A Congada de Nossa Senhora do Rosário, da Comunidade de Misericórdia, forma de expressão tradicional digna de reconhecimento e valorização pelo poder público e pela sociedade, foi reconhecida como patrimônio cultural do município de Chapada do Norte, no Vale do Jequitinhonha, através do instrumento de registro do patrimônio imaterial. O processo de registro foi realizado entre os anos de 2011 e 2012. A equipe de pesquisa da Oca – Arquitetura e Patrimônio Cultural teve a satisfação de participar do processo, acompanhando o grupo durante a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte e no cotidiano e ambiente de vida dos seus integrantes.
O grupo, que surgiu em meados da década de 1980 na Comunidade Quilombola do Córrego de Misericórdia, tem sua expressão cultural-artística fundada na prática da Maromba, uma espécie de mutirão de roça permeado de elementos simbólicos em torno da “troca de dias de trabalho”, do lazer e religiosidade como produtos e produtores da solidariedade grupal. Pelo modo de vida camponês, esses agricultores se valiam desta prática de trabalho para garantir sua reprodução social, reafirmando as suas representações comunitárias e tradições a partir de suas cantigas e danças afro-brasileiras num contexto de celebração da fertilidade.
Segundo os integrantes mais antigos do grupo, a prática da Maromba ocorria da seguinte maneira: No caso de uma colheita de milho, por exemplo, o dono da lavoura convocava outros agricultores, não somente da comunidade de Misericórdia, como também das redondezas, para que se juntassem e realizassem o trabalho de colheita. Eles se dividiam em dois grupos e, entoando cantigas – de forma que um cantava e o outro respondia – faziam a colheita da lavoura. Porém, se durante aquele momento algum lavrador encontrasse uma flor de parreira, pronto! Era dia de festa e brincadeira! Acabando o serviço, todos iam para a casa do anfitrião – responsável pelo fornecimento das comidas e bebidas - onde os lavradores, mulheres e filhos passavam a noite toda cantando e dançando.
A comunidade de Misericórdia se destacou pela notável qualidade de seus cantos e danças. Era a Maromba da Misericórdia muito admirada na região. A partir da influência de um vigário da cidade, Padre Paulo, e da liderança da finada Dona Eva Congadeira, formou-se o grupo “Congada de Nossa Senhora do Rosário de Misericórdia”. A partir de então o grupo passou a se apresentar na principal festa da cidade, a Festa de Nossa Senhora do Rosário, da qual se tornou um agente constituinte indispensável. O grupo é freqüentemente convidado para realizar apresentações em várias cidades da região e já se apresentou em varias outras de médio e grande porte no estado de Minas Gerais e outros estados brasileiros. Atualmente, a Congada de Misericórdia é composta não somente pelos moradores da comunidade de origem, mas também por novos integrantes que residem na sede do município de Chapada do Norte.
A lavoura não é o “carro chefe” das atividades econômicas dos congadeiros e congadeiras. Em decorrência de um projeto modernizador desastroso posto em prática na região nas décadas de 1970 e 1980, da contínua fragmentação intrafamiliar das terras e a consequente intensificação do seu uso e esgotamento, assim como, da ausência de políticas públicas voltadas para a real necessidade das populações tradicionais, a migração sazonal para o trabalho no corte de cana e na construção civil tornou-se a prática que permite, de forma degradante e incerta, essas populações se reproduzirem como quilombolas e camponeses e, em muitos casos, “novos citadinos”.
A prática da “Maromba” não acontece mais, mas seus elementos se perpetuam, em constante resignificação, por meio desta forma de expressão afro-brasileira que é símbolo de arte, religiosidade, etnicidade e resistência.
Texto: Frederico Magalhães Siman – cientista social e mestrando de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade.
Fotos: Ana Luiza Marigo e Isabela Grossi
A Congada de Nossa Senhora do Rosário, da Comunidade de Misericórdia, forma de expressão tradicional digna de reconhecimento e valorização pelo poder público e pela sociedade, foi reconhecida como patrimônio cultural do município de Chapada do Norte, no Vale do Jequitinhonha, através do instrumento de registro do patrimônio imaterial. O processo de registro foi realizado entre os anos de 2011 e 2012. A equipe de pesquisa da Oca – Arquitetura e Patrimônio Cultural teve a satisfação de participar do processo, acompanhando o grupo durante a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte e no cotidiano e ambiente de vida dos seus integrantes.
O grupo, que surgiu em meados da década de 1980 na Comunidade Quilombola do Córrego de Misericórdia, tem sua expressão cultural-artística fundada na prática da Maromba, uma espécie de mutirão de roça permeado de elementos simbólicos em torno da “troca de dias de trabalho”, do lazer e religiosidade como produtos e produtores da solidariedade grupal. Pelo modo de vida camponês, esses agricultores se valiam desta prática de trabalho para garantir sua reprodução social, reafirmando as suas representações comunitárias e tradições a partir de suas cantigas e danças afro-brasileiras num contexto de celebração da fertilidade.
Segundo os integrantes mais antigos do grupo, a prática da Maromba ocorria da seguinte maneira: No caso de uma colheita de milho, por exemplo, o dono da lavoura convocava outros agricultores, não somente da comunidade de Misericórdia, como também das redondezas, para que se juntassem e realizassem o trabalho de colheita. Eles se dividiam em dois grupos e, entoando cantigas – de forma que um cantava e o outro respondia – faziam a colheita da lavoura. Porém, se durante aquele momento algum lavrador encontrasse uma flor de parreira, pronto! Era dia de festa e brincadeira! Acabando o serviço, todos iam para a casa do anfitrião – responsável pelo fornecimento das comidas e bebidas - onde os lavradores, mulheres e filhos passavam a noite toda cantando e dançando.
A comunidade de Misericórdia se destacou pela notável qualidade de seus cantos e danças. Era a Maromba da Misericórdia muito admirada na região. A partir da influência de um vigário da cidade, Padre Paulo, e da liderança da finada Dona Eva Congadeira, formou-se o grupo “Congada de Nossa Senhora do Rosário de Misericórdia”. A partir de então o grupo passou a se apresentar na principal festa da cidade, a Festa de Nossa Senhora do Rosário, da qual se tornou um agente constituinte indispensável. O grupo é freqüentemente convidado para realizar apresentações em várias cidades da região e já se apresentou em varias outras de médio e grande porte no estado de Minas Gerais e outros estados brasileiros. Atualmente, a Congada de Misericórdia é composta não somente pelos moradores da comunidade de origem, mas também por novos integrantes que residem na sede do município de Chapada do Norte.
A lavoura não é o “carro chefe” das atividades econômicas dos congadeiros e congadeiras. Em decorrência de um projeto modernizador desastroso posto em prática na região nas décadas de 1970 e 1980, da contínua fragmentação intrafamiliar das terras e a consequente intensificação do seu uso e esgotamento, assim como, da ausência de políticas públicas voltadas para a real necessidade das populações tradicionais, a migração sazonal para o trabalho no corte de cana e na construção civil tornou-se a prática que permite, de forma degradante e incerta, essas populações se reproduzirem como quilombolas e camponeses e, em muitos casos, “novos citadinos”.
A prática da “Maromba” não acontece mais, mas seus elementos se perpetuam, em constante resignificação, por meio desta forma de expressão afro-brasileira que é símbolo de arte, religiosidade, etnicidade e resistência.
Texto: Frederico Magalhães Siman – cientista social e mestrando de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade.
Fotos: Ana Luiza Marigo e Isabela Grossi
SANTUÁRIO DA SERRA DA PIEDADE SERÁ REVITALIZADO
C A E T É
Foi assinado no último dia 31 de julho, um convênio para a revitalização do conjunto arquitetônico, histórico, cultural e paisagístico do Santuário Estadual Nossa Senhora da Piedade. O Santuário é parte do Conjunto da Serra da Piedade, que é tombado pelo IEPHA/MG como Bem Cultural desde 19/05/2006.
A fé, a busca pela paz espiritual e muitas belezas naturais são alguns dos motivos que atraem milhares de turistas todos os anos à Serra da Piedade, localizada no município de Caeté, divisa com Sabará. Considerada uma das mais altas elevações do maciço da Serra do Espinhaço; do alto dos seus 1.746 metros podemos avistar parte das cidades de Belo Horizonte, Caeté, Raposos, Sabará e Lagoa Santa.
Fazem parte do conjunto paisagístico da Serra da Piedade monumentos naturais e edificações humanas, inseridas em um grande platô no alto da serra. Para chegar ao topo, é preciso iniciar o percurso pela rodovia BR-381, onde um cruzeiro indica a entrada do Santuário. O caminho é marcado por painéis de azulejos com representações da Via Sacra.
A vocação mística atribuída à Serra vem da lenda da menina muda de nascença que, avistando no alto da Serra da Piedade a figura da Virgem com Jesus nos braços, começou a falar, contando o ocorrido. A Santa apareceu várias vezes para a menina, que ficou curada. Esta lenda conquistou o português Antônio Bracarena que, em 1767, decidiu construir uma capela em homenagem à Nossa Senhora bem no alto da Serra da Piedade, entre penhascos, rochedos e uma vegetação típica de montanha.
O Santuário apresenta planta simples, com nave única e capela mor. Em seu interior, a ornamentação e equipamentos também são simplificados, fato muito comum em igrejas de peregrinação. No interior da construção, o retábulo em estilo rococó guarda a belíssima imagem da padroeira de Minas Gerais, Nossa Senhora da Piedade, esculpida no século 18 e atribuída ao Mestre Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Os cômodos laterais da Igreja de Nossa Senhora da Piedade apresentam painéis em azulejos com pintura do artista Gianfranco Ceni. O convento acopla-se a fachada dos fundos da Igreja, formando um só volume.
No início do século 19, o Padre Gonçalves Pereira, vigário de Roças Novas, resolve tomar conta do templo. Nos finais de semana, acompanhado por escravos, sobe até o topo para meditar. Estes rituais e a sua devoção duram cinqüenta anos, passando a atrair multidões de devotos. Por meio de concessão do Papa Pio IX, em fevereiro de 1876 é concedida licença para a criação de um jubileu anual, no mês de agosto, definindo-se o período de 15 a 22 de agosto como o momento oficial da Romaria.
Em 1958, a imagem de Nossa Senhora da Piedade é proclamada Padroeira do Estado pelo Papa João XXIII, sendo posteriormente realizadas as solenidades da consagração no mês de julho de 1960.
O cinqüentenário da proclamação oficial de Nossa Senhora da Piedade como Padroeira do Estado aconteceu em 2010. Para o jubileu de ouro, acorreram milhares de visitantes de todas as partes de Minas e do Brasil, como uma das maiores festas religiosas de toda a região.
Proteção
Além do Santuário de Nossa Senhora da Piedade, também fazem parte do conjunto arquitetônico da Serra: a Casa dos Romeiros, (projeto de Ivo Porto de Menezes), a Igreja Abrigo da Serra da Piedade (idealizada pelo arquiteto Alcides Rocha Miranda), o edifício astronômico da UFMG (Observatório Astronômico Frei Rosário, um dos maiores da América Latina) e as instalações do CINDACTA, além de caminhos, praças, adros e espaços para contemplação e orações.
O tombamento da Serra da Piedade pelo Iepha/MG foi realizado em junho de 2004 e definiu as atividades que podem ser exercidas na região e as medidas de preservação paisagística, cultural e ambiental que devem ser adotadas. No caso da exploração mineral, a área degradada terá que ser reconstituída pela empresa exploradora, como está previsto no artigo 225 da constituição Federal.
Fonte: IEPHA/MG)- Foto: Acervo da Arquidiocese de BH.
Foi assinado no último dia 31 de julho, um convênio para a revitalização do conjunto arquitetônico, histórico, cultural e paisagístico do Santuário Estadual Nossa Senhora da Piedade. O Santuário é parte do Conjunto da Serra da Piedade, que é tombado pelo IEPHA/MG como Bem Cultural desde 19/05/2006.
A fé, a busca pela paz espiritual e muitas belezas naturais são alguns dos motivos que atraem milhares de turistas todos os anos à Serra da Piedade, localizada no município de Caeté, divisa com Sabará. Considerada uma das mais altas elevações do maciço da Serra do Espinhaço; do alto dos seus 1.746 metros podemos avistar parte das cidades de Belo Horizonte, Caeté, Raposos, Sabará e Lagoa Santa.
Fazem parte do conjunto paisagístico da Serra da Piedade monumentos naturais e edificações humanas, inseridas em um grande platô no alto da serra. Para chegar ao topo, é preciso iniciar o percurso pela rodovia BR-381, onde um cruzeiro indica a entrada do Santuário. O caminho é marcado por painéis de azulejos com representações da Via Sacra.
A vocação mística atribuída à Serra vem da lenda da menina muda de nascença que, avistando no alto da Serra da Piedade a figura da Virgem com Jesus nos braços, começou a falar, contando o ocorrido. A Santa apareceu várias vezes para a menina, que ficou curada. Esta lenda conquistou o português Antônio Bracarena que, em 1767, decidiu construir uma capela em homenagem à Nossa Senhora bem no alto da Serra da Piedade, entre penhascos, rochedos e uma vegetação típica de montanha.
O Santuário apresenta planta simples, com nave única e capela mor. Em seu interior, a ornamentação e equipamentos também são simplificados, fato muito comum em igrejas de peregrinação. No interior da construção, o retábulo em estilo rococó guarda a belíssima imagem da padroeira de Minas Gerais, Nossa Senhora da Piedade, esculpida no século 18 e atribuída ao Mestre Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Os cômodos laterais da Igreja de Nossa Senhora da Piedade apresentam painéis em azulejos com pintura do artista Gianfranco Ceni. O convento acopla-se a fachada dos fundos da Igreja, formando um só volume.
No início do século 19, o Padre Gonçalves Pereira, vigário de Roças Novas, resolve tomar conta do templo. Nos finais de semana, acompanhado por escravos, sobe até o topo para meditar. Estes rituais e a sua devoção duram cinqüenta anos, passando a atrair multidões de devotos. Por meio de concessão do Papa Pio IX, em fevereiro de 1876 é concedida licença para a criação de um jubileu anual, no mês de agosto, definindo-se o período de 15 a 22 de agosto como o momento oficial da Romaria.
Em 1958, a imagem de Nossa Senhora da Piedade é proclamada Padroeira do Estado pelo Papa João XXIII, sendo posteriormente realizadas as solenidades da consagração no mês de julho de 1960.
O cinqüentenário da proclamação oficial de Nossa Senhora da Piedade como Padroeira do Estado aconteceu em 2010. Para o jubileu de ouro, acorreram milhares de visitantes de todas as partes de Minas e do Brasil, como uma das maiores festas religiosas de toda a região.
Proteção
Além do Santuário de Nossa Senhora da Piedade, também fazem parte do conjunto arquitetônico da Serra: a Casa dos Romeiros, (projeto de Ivo Porto de Menezes), a Igreja Abrigo da Serra da Piedade (idealizada pelo arquiteto Alcides Rocha Miranda), o edifício astronômico da UFMG (Observatório Astronômico Frei Rosário, um dos maiores da América Latina) e as instalações do CINDACTA, além de caminhos, praças, adros e espaços para contemplação e orações.
O tombamento da Serra da Piedade pelo Iepha/MG foi realizado em junho de 2004 e definiu as atividades que podem ser exercidas na região e as medidas de preservação paisagística, cultural e ambiental que devem ser adotadas. No caso da exploração mineral, a área degradada terá que ser reconstituída pela empresa exploradora, como está previsto no artigo 225 da constituição Federal.
Fonte: IEPHA/MG)- Foto: Acervo da Arquidiocese de BH.
FESTA DA AMIZADE NA FAZENDA DA VARGEM
Nova Era
A Prefeitura Municipal de Nova Era realizou em julho a “Festa da Amizade de Nova Era”. O evento aconteceu no cenário da Fazenda da Vargem, que após muitos anos sem destaque volta a fazer parte do circuito de eventos do município com atrações diversificadas. A Festa contou com o apoio da Nova Era Silicon.
A 1ª edição da Festa antes com denominação de Feira da Amizade ocorreu em 1979. Evento que nasceu do espírito solidário da comunidade novaerense com objetivo de arrecadar recursos para ajudar famílias vítimas da enchente naquele ano. Da 2ª edição, já realizada na Fazenda da Vargem, até a sua última edição, o objetivo foi priorizar a arrecadação de recursos para ajuda social no município.
A programação da Festa da Amizade de Nova Era foi a seguinte: Dia 11/07 às 14h: Abertura Oficial – Inauguração do Paiol; Exposição: “FEANE – Velhos Tempos... Novos Dias”. Dia 12/07 às 20h30: Orquestra Sinfônica de Minas Gerais; às 22h30: Rodrigo Borges e Gabriel Guedes – homenageando os 40 anos do Clube da Esquina. Dia 13/07 às 21h: Show de Frejat; às 22h30: apresentação de Mário e Banda. Dia 14/07 de 10h às 18h: “FEANE Infantil – Oficina de brincadeiras” (pintura de rosto, pula-pula, piscina de bolinha e recreação); de 10h às 18h: Exposição: “Nova Era Fazendo Arte”; 11h: Encontro Novaerense Ausente, com Almoço Beneficente; 13h: Missa da Amizade na Capela da Fazenda da Vargem; 15h: Banda Sem Registro; 17h: Banda Odilara.
Para este ano de 2013, a Prefeitura Municipal de Nova Era objetivou dar continuidade ao espírito solidário que se fez presente nas edições passadas e todas as atrações foram de “porteiras abertas” ao público. Neste sentido, o novaerense efetuou a troca de ingressos por 1 kg de alimento não perecível (exceto sal e fubá) nos Postos de troca. Na Festa de Nova Era foram arrecadadas quase 5 toneladas de alimentos, doados a uma dezena de entidades beneficiadas.
A Prefeitura Municipal de Nova Era realizou em julho a “Festa da Amizade de Nova Era”. O evento aconteceu no cenário da Fazenda da Vargem, que após muitos anos sem destaque volta a fazer parte do circuito de eventos do município com atrações diversificadas. A Festa contou com o apoio da Nova Era Silicon.
A 1ª edição da Festa antes com denominação de Feira da Amizade ocorreu em 1979. Evento que nasceu do espírito solidário da comunidade novaerense com objetivo de arrecadar recursos para ajudar famílias vítimas da enchente naquele ano. Da 2ª edição, já realizada na Fazenda da Vargem, até a sua última edição, o objetivo foi priorizar a arrecadação de recursos para ajuda social no município.
A programação da Festa da Amizade de Nova Era foi a seguinte: Dia 11/07 às 14h: Abertura Oficial – Inauguração do Paiol; Exposição: “FEANE – Velhos Tempos... Novos Dias”. Dia 12/07 às 20h30: Orquestra Sinfônica de Minas Gerais; às 22h30: Rodrigo Borges e Gabriel Guedes – homenageando os 40 anos do Clube da Esquina. Dia 13/07 às 21h: Show de Frejat; às 22h30: apresentação de Mário e Banda. Dia 14/07 de 10h às 18h: “FEANE Infantil – Oficina de brincadeiras” (pintura de rosto, pula-pula, piscina de bolinha e recreação); de 10h às 18h: Exposição: “Nova Era Fazendo Arte”; 11h: Encontro Novaerense Ausente, com Almoço Beneficente; 13h: Missa da Amizade na Capela da Fazenda da Vargem; 15h: Banda Sem Registro; 17h: Banda Odilara.
Para este ano de 2013, a Prefeitura Municipal de Nova Era objetivou dar continuidade ao espírito solidário que se fez presente nas edições passadas e todas as atrações foram de “porteiras abertas” ao público. Neste sentido, o novaerense efetuou a troca de ingressos por 1 kg de alimento não perecível (exceto sal e fubá) nos Postos de troca. Na Festa de Nova Era foram arrecadadas quase 5 toneladas de alimentos, doados a uma dezena de entidades beneficiadas.
sexta-feira, 12 de julho de 2013
VIII Feira de Artesanato de Santana do Araçuaí
EM DESTAQUE, A ARTESÃ DONA IZABEL MENDES
O pessoal de Ponto dos Volantes enviou o cartaz anexo, sobre o evento que se realizará a partir do dia 19 de julho. Trata-se da VIII FEIRA DO ARTESANATO DE SANTANA DO ARAÇUAÍ, nos dias 19, 20 e 21 próximos. Em destaque Dona Izabel Mendes e sua escola. Falar em artesanato de cerâmica do Jequitinhonha é falar de Dona Isabel Mendes da Cunha. Artesã premiada e conhecida internacionalmente pelo seu artesanato e que mora em Santana do Araçuaí – um distrito de Ponto dos Volantes.
Isabel Mendes da Cunha
Izabel Mendes da Cunha nasceu na Fazenda Córrego Novo, município mineiro de Itinga, no dia 3 de agosto de 1924. Mudou-se ainda jovem para Santana do Araçuaí, hoje município de Ponto dos Volantes, Vale do Jequitinhonha-MG, onde mora com sua filha. Dona Izabel teve quatro filhos: Amadeu, Rita de Cássia, Maria Madalena e Gloria.
Com o aumento da demanda por suas peças, toda a família se incorporou ao trabalho com o barro. Dos quatro filhos, apenas Rita de Cássia não trabalha na arte do barro. A filha Glória e seus marido João Pereira de Andrade são ceramistas renomados atualmente e já iniciaram suas filhas na arte de modelar o barro. Maria Madalena mora ainda hoje com sua mãe e a ajuda na produção de suas peças. A escola de cerâmica iniciada por dona Isabel,inclui, além de sua família, vários outras artesãs de Santana do Araçuaí.
Entretanto, o principal seguidor desta escola é seu genro, João Pereira de Andrade, que se tornou seu sucessor natural. A Associação dos Artesãos de Santana do Araçuaí mantém uma loja onde são expostas as peças de todas as artesãs da região.
Na sua maioria são bonecas, galinhas, vasos e flores de cerâmica. Atualmente as bonecas de dona Izabel são peças altamente valorizadas no mercado da arte. Entre as artesãs do Vale do Jequitinhonha , ela é a que cobra mais caro pelas sua peças e mesmo assim existe uma longa fila de espera. Com o dinheiro adquirido ao longo dos anos, ela conta que sua família melhorou muito de vida.
Hoje eles moram em terras próprias, nas quais foi construída uma casa ampla para dona Isabel morar com sua filha Maria Madalena. Porém, a artesã continua a usando o velho ateliê, onde estão os velhos fornos de cerâmica que a acompanham desde longa data.
Desde a infância Dona Izabel já criava pequenas figuras de barro, imitando sua mãe que era louceira (paneleira, como é chamado na região do Vale do Jequitinhonha) e se dedicava à produção de cerâmica utilitária. Quando adulta seguiu os passos de sua mãe e começou também a fazer peças utilitárias com o barro, as quais vendia nas feiras da região.
Dona Izabel ficou viúva e desde então, para ajudar no sustento dos filhos, começou a modelar outros tipos de peças, como animais e bonecas de barro.No início suas figuras consistiam de cavaleiros, bois, aves e pequenos presépios, todos feitos com barro vermelho e pintados com barro branco. No início da década de 70 a artesã iniciou a produção de bonecas grandes, algumas com cerca de um metro de altura. Eram, em sua grande maioria, casais de noivos, com o homem vestido de terno e a mulher de branco, grinalda e buquê de flores nas mãos, uma marca registrada de sua obra.
Outra peça que ficou muito famosa e que começou a ser modelada ainda nessa época, foi a boneca representando uma mãe amamentando. Com a procura por suas peças Dona Izabel passou a produzir bonecas com detalhes mais elaborados e características próprias.
Na época uma das suas inovações foi a forma de fazer os olhos das bonecas. Antes os olhos eram apenas pintados, como ainda fazem muitas outras artesãs do Vale. Dona Izabel passou a esculpir os olhos de suas bonecas em alto relevo. Outra inovação foi a utilização de barro colorido para pintura das bonecas, técnica ainda utilizada por ela e por várias artesãs do Vale do Jequitinhonha.
As peças de Dona Izabel logo ganharam fama nas feiras da região. Com o trabalho de divulgação e comercialização realizado pela Codevale (Comissão do Desenvolvimento do Vale do Jequitinhonha) no final da década de 70, tornaram-se muito valorizadas, também em feiras nacionais e internacionais.
Com a notoriedade alcançada, a artesão deixou de lado a cerâmica utilitária e passou a se dedicar apenas às suas bonecas. Casal de noivos, mulheres amamentando, rituais de batizado, são algumas das peças mais famosas feitas por Dona Izabel. Todas essas bonecas eram vestidas com roupas de festa, feitas com capricho e com grande riqueza de detalhes, características presentes até hoje em suas peças.
ARTISTA PREMIADA
Entre os prêmios recebidos por Dona Izabel destacam-se: Prêmio Unesco de Artesanato para a América Latina (2004), Ordem do Mérito Cultural (Ministério da Cultura do Brasil, 2005), Prêmio Culturas Populares (Ministério da Cultura do Brasil, 2009).
Recentemente Dona Izabel foi homenageada pela presidenta Dilma Roussef, durante a abertura da exposição “Mulheres artistas brasileiras”, no Palácio do Planalto, em Brasília (Foto: Roberto Stuchert Filho).
NAS FOTOS:
1- O cartaz do evento
2- Dona Izabel recebe homenagem da presidente Dilma Roussef
3- A consultora em ICMS Cultural, Isabela Grossi, em visita à Dona Izabel
4- Alguns trabalhos da artesã Dona Izabel
Fonte: http://artepopularbrasil.blogspot.com.br
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Saulo Laranjeira,
Vale do Jequitinhonha
FESTA DO ROSÁRIO É REGISTRADA COMO BEM IMATERIAL DO ESTADO
CHAPADA DO NORTE -
Foi por unanimidade que o Conselho Estadual do Patrimônio Cultural – CONEP, aprovou como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, de Chapada do Norte. Expressão de religiosidade e de fé, a festa é uma celebração que há mais de 200 anos movimenta os irmãos, a comunidade local e toda a população do Médio Jequitinhonha. Na apresentação do processo de registro da festa o Gerente de Patrimônio Imaterial do Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA/MG, Luis Gustavo Molinari Mundim, afirmou: “A importância desse registro de patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais é porque ele está dentro de um processo do Iepha de fazer um registro de cada livro de Patrimônio Imaterial.
O primeiro foi o Livro dos Saberes, como o Modo de Fazer do Queijo da Região do Serro, o segundo o Livro das Celebrações, com a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, e estamos desenvolvendo um trabalho na Comunidade dos Arturos, em Contagem, que será registrado no Livro de Lugares, e em breve vamos começar um trabalho para o Livro de Formas de Expressão”. Dez membros da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos viajaram 528 km até Belo Horizonte para acompanhar a decisão do Conselho. Eles ouviram atentamente os pareceres positivos e emocionantes de cada conselheiro, que ressaltaram a importância desse registro. Seu Olímpio, vice-presidente da Irmandade, aproveitou a ocasião para agradecer a oportunidade de ter a cidade de Chapada do Norte e a festa como bem cultural imaterial de Minas. “Desde bem pequenininho minha mãe levava os filhos para assistir a festa, eu comecei a ir ainda no colo dela”, relatou. Ainda segundo ele, “a história do povo de Chapada do Norte é que foi registrada”. Para o Seu Olímpio, o próximo passo é se reunir com os membros da irmandade e desenvolver trabalhos de educação patrimonial junto às escolas da região.
Durante quinze dias a festa acontece passando por algumas etapas: Meio Dia (primeiro dia da novena), Novenas (preparação espiritual para a festa), Leilões (durante cinco noites após a celebração da novena), Lavagem da Igreja (mulheres se reúnem para lavar a igreja), Quinta do Angu (distribuição de refeição), Buscada da Santa (encenação da aparição da Virgem do Rosário), Mastro a cavalo (após a última celebração da novena, considerado o apogeu da festa), Reinado (caminhadas e cortejos que conduzem os reis festeiros), Missa da festa, Distribuição do Doce, Coroação, Buscada do Cofre, Divertimentos noturnos, Feira dos Mascates, Tamborzeiros e Congada.
Fotos: Ana Luiza Marigo e Isabela Grossi. Fonte textual: www.iepha.mg.gov.br
Foi por unanimidade que o Conselho Estadual do Patrimônio Cultural – CONEP, aprovou como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, de Chapada do Norte. Expressão de religiosidade e de fé, a festa é uma celebração que há mais de 200 anos movimenta os irmãos, a comunidade local e toda a população do Médio Jequitinhonha. Na apresentação do processo de registro da festa o Gerente de Patrimônio Imaterial do Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA/MG, Luis Gustavo Molinari Mundim, afirmou: “A importância desse registro de patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais é porque ele está dentro de um processo do Iepha de fazer um registro de cada livro de Patrimônio Imaterial.
O primeiro foi o Livro dos Saberes, como o Modo de Fazer do Queijo da Região do Serro, o segundo o Livro das Celebrações, com a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, e estamos desenvolvendo um trabalho na Comunidade dos Arturos, em Contagem, que será registrado no Livro de Lugares, e em breve vamos começar um trabalho para o Livro de Formas de Expressão”. Dez membros da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos viajaram 528 km até Belo Horizonte para acompanhar a decisão do Conselho. Eles ouviram atentamente os pareceres positivos e emocionantes de cada conselheiro, que ressaltaram a importância desse registro. Seu Olímpio, vice-presidente da Irmandade, aproveitou a ocasião para agradecer a oportunidade de ter a cidade de Chapada do Norte e a festa como bem cultural imaterial de Minas. “Desde bem pequenininho minha mãe levava os filhos para assistir a festa, eu comecei a ir ainda no colo dela”, relatou. Ainda segundo ele, “a história do povo de Chapada do Norte é que foi registrada”. Para o Seu Olímpio, o próximo passo é se reunir com os membros da irmandade e desenvolver trabalhos de educação patrimonial junto às escolas da região.
Durante quinze dias a festa acontece passando por algumas etapas: Meio Dia (primeiro dia da novena), Novenas (preparação espiritual para a festa), Leilões (durante cinco noites após a celebração da novena), Lavagem da Igreja (mulheres se reúnem para lavar a igreja), Quinta do Angu (distribuição de refeição), Buscada da Santa (encenação da aparição da Virgem do Rosário), Mastro a cavalo (após a última celebração da novena, considerado o apogeu da festa), Reinado (caminhadas e cortejos que conduzem os reis festeiros), Missa da festa, Distribuição do Doce, Coroação, Buscada do Cofre, Divertimentos noturnos, Feira dos Mascates, Tamborzeiros e Congada.
Fotos: Ana Luiza Marigo e Isabela Grossi. Fonte textual: www.iepha.mg.gov.br
terça-feira, 9 de julho de 2013
“Inovar para restaurar os monumentos” é ideia defendida por revolucionário arquiteto italiano
Com uma apresentação técnica e minuciosa, o arquiteto italiano Marco Dezzi Bardeschi discutiu a dicotomia entre conservação e restauração a partir da história da arquitetura, defendendo uma postura intermediária. A conferência “A reabilitação como conservação e projeto: o futuro da matéria” fechou a terceira noite da programação do ArquiMemória 4 – Encontro Internacional sobre Preservação do PATRIMÔNIO EDIFICADO. Marco Dezzi mostrou a diferença entre conservação – guardar com cuidado e atenção para garantir a permanência do bem imóvel – e restauração – descontentamento com o estado do bem e a busca pela retomada de seu estado original. O pesquisador lembrou que, durante muito tempo, “a restauração foi vista como a pior das destruições” e que o escritor Victor Hugo, no século XIX, considerou esta prática um crime. Ainda se valendo da perspectiva da história, no século seguinte, a Carta de Veneza (1964) incorporou a mesma discussão ao definir que a preservação impõe a manutenção preventiva antes da alteração, ou seja, a prioridade é manter para precisar substituir. Por outro lado, os valores de novidade e de uso não podem ser descartados, uma vez que “um edifício sem uso não serve a ninguém” e as necessidades atuais são bem distintas daquelas existentes no momento da construção dos monumentos históricos. Autor de dezenas de projetos de restauração e reabilitação de complexos monumentais, como palácios, bibliotecas, museus, muralhas, praças, e igrejas em diversas cidades italianas, Marco Dezzi, que concilia ainda as tarefas de professor universitário e autor de importantes livros na área, defende uma posição intermediária. Para ele, a preservação deve ser prioritária, mas quando o acréscimo for inevitável, este deve dialogar com a estrutura já existente. Desta forma, estruturas que garantem acessibilidade, por exemplo, podem ser integradas ao edifício sem alterar sua essência. “Restauração é a intervenção enquanto preservação”, concluiu. Engenheiro civil e arquiteto, Marco Dezzi tem mais de quarenta anos de experiência no âmbito da conservação e restauração do patrimônio construído, enquanto técnico do Istituto di Restauro dei Monumenti de Florença e professor da Faculdade de Arquitetura do Politécnico de Milão. Arquimemória 4 Promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), através do Departamento da Bahia (IAB-BA), em parceria com a Faculdade de Arquitetura (FAUFBA) e o Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia (PPG-AU/UFBA), o ArquiMemória 4 reuniu em Salvador pesquisadores, estudantes e profissionais de diversos países e estados brasileiros para discutir as relações entre as cidades e seus patrimônios construídos. O evento foi realizado no Centro de Convenções da Bahia.
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10º Encontro de Cavaleiros
Chapada do Norte O CLUBE DO TROTE DE CHAPADA DO NORTE PROMOVE ESTE MÊS O 10º ENCONTRO DE CAVALEIROS DO MUNICÍPIO. A PROGRAMAÇÃO DA FESTA PREVÊ PARA A SEXTA-FEIRA (DIA 12 DE JULHO) APRESENTAÇÃO DO DJ CABEÇA. NO SÁBADO (DIA 13): ABERTURA OFICIAL DA FESTA E SHOWS COM MAX E DANIEL, MARCONE PIMENTA DIRETO DE BH. DOMINGO (DIA 14): DESFILE DOS CAVALEIROS PELAS RUAS DA CIDADE ÀS 10:00 HORAS DA MANHÃ. DURANTE O ALMOÇO: SHOW COM OSMAR LINS, CONCURSO DE MARCHA, BINGO, CHURRASCO E NO ENCERRAMENTO, SHOW COM FERINHA DO FORRÓ.
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Trilha do Cachoeirão, em Coronel Fabriciano
A trilha do Cachoeirão no município de Coronel Fabriciano (MG), possibilita a prática do Ecoturismo e o contato com a natureza da Serra dos Cocais. O Cachoeirão é uma das mais belas paisagens do local, cercado pela mata atlântica. Foto: Prefeitura Municipal
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V Mestres e Conselheiros
Esta é a quinta edição do Fórum Mestres e Conselheiros - Agentes Multiplicadores do Patrimônio, que será realizado em Belo Horizonte, de 19 a 21 de Agosto de 2013. O Fórum terá como público alvo os diversos agentes do patrimônio – membros dos conselhos municipais do patrimônio, mas também, educadores e demais profissionais envolvidos com as políticas públicas de promoção dos bens culturais, além de pesquisadores e estudantes das áreas multidisciplinares ligadas à preservação do patrimônio cultural e do direito à cidade. Hoje a municipalização das políticas do patrimônio ganha força no Brasil. É crescente o número de municípios que têm seus próprios conselhos do patrimônio e que vêm desenvolvendo ações para defender e preservar suas edificações, espaços públicos, coleções, acervos, festas e tradições orais, entre outros. Em 2013, como sugerido no fechamento do IV Fórum, o tema principal do evento será os direitos do patrimônio, objetivando-se discutir as diversas interfaces entre o direito e o patrimônio, numa perspectiva que vai dos direitos dos proprietários individuais ao direito mais amplo à cidade. O fato é que, apesar do crescente esforço por parte do poder público, das instituições de memória e de setores da sociedade civil, os direitos do patrimônio estão ainda em processo de efetivação nas práticas da preservação do Patrimônio Cultural. Evidencia-se a necessidade de se discutir uma maior articulação entre os diferentes agentes e instituições dos níveis federal, estadual e municipal, para que o nosso patrimônio exerça a função de orientar, de comunicar, de criar identidades, de inclusão social e de revelar o processo civilizatório da humanidade. Desta forma, visa propiciar um espaço de discussão envolvendo questões teóricas e práticas no campo da preservação, posto a dialogar de forma multidisciplinar com as diversas áreas do conhecimento. Para isso, está sendo feita uma chamada de trabalhos, propiciando oportunidade de apresentação e troca de experiências entre os diversos municípios e grupos participantes, o que possibilita um espaço de reflexão e troca de experiências. Mais informações: http://www.forumpatrimoniomestres.com/ OBJETIVO GERAL: Realizar o “5º Fórum Mestres e Conselheiros: Direitos do Patrimônio”, evento anual de caráter nacional, que reúne em Belo Horizonte aproximadamente 500 agentes do patrimônio, conselheiros, professores e pesquisadores de todo o país. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Favorecer a troca de experiências e reflexões entre acadêmicos e militantes da área da preservação do patrimônio cultural. Trabalhar o conceito de Direito do Patrimônio Cultural e sua abrangência multidisciplinar; Conhecer e difundir as ações de preservação do patrimônio histórico, artístico, cultural e paisagístico desenvolvidos nos municípios; Discutir a questão do patrimônio numa perspectiva ampla que problematize as relações entre qualidade de vida, patrimônio edificado, acesso aos bens culturais e qualidade ambiental; Discutir de forma aprofundada a na relação entre patrimônio cultural e desenvolvimento local; Discutir e difundir os direitos ligados ao patrimônio cultural; Favorecer a troca de experiências entre os pesquisadores da área e a vivência dos professores de Educação Básica; Promover e difundir a função social do patrimônio cultural; Discutir o direito à cidade e a correlação do planejamento urbano com o patrimônio cultural; Discutir os instrumentos de controle social sobre o patrimônio cultural. DATAS LIMITES: E VALORES DE INSCRIÇÃO: Professores, Pesquisadores e Profissionais Até 30/06/2013 - R$ 150,00 De 30/06/2013 a 30/07/2013 - R$ 200,00 Após 30/07/13 - R$ 250,00 Estudantes Até 30/06/2013 - R$ 100,00 De 30/06/2013 a 30/07/2013 - R$ 150,00 Após 30/07/13 - R$ 200,00 FORMAS DE PAGAMENTO: Deposito bancário: IEDS Instituto de Estudos do Desenvolvimento Sustentável CNPJ:10208071/0001-38 Endereço: Rua dos Otoni nº416/ sala 204 /Santa Efigênia / Belo Horizonte, MG Banco do Brasil Agência: 1584-9 Conta corrente: 22024-8 Pagamento eletrônico PAGSEGURO
Primeira ferrovia do Brasil, esquecida e abandonada
A primeira ferrovia do Brasil, construída por Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, pode estar perto de desaparecer completamente do mapa, esquecida no meio do mato e encoberta por toneladas de asfalto. A ferrovia foi construída em 1854. Quando fez 100 anos, em 1954, foi tombada pelo patrimônio histórico. De lá para cá são quase 60 anos do mais completo abandono. A primeira ferrovia do Brasil foi atropelada pela modernidade. Soterrada pelo asfalto. O traçado original, com 14,5 quilômetros, ligava Inhomirim, base da Região Serrana do Rio, à Baía de Guanabara. A linha foi criada para levar o café produzido no Vale do Paraíba ao cais de Magé e, de lá, de barco ao porto do Rio de Janeiro. “É uma estrada importante porque chegaria mais rápido, escoaria produtos, subindo e descendo com esses produtos de Minas Gerais em direção ao Rio de Janeiro”, avalia o historiador Carlos Gabriel Guimarães. Do cais, restam os pilares, quase todos destruídos. A primeira estação ainda está de pé. Em frente a ela, uma réplica da primeira locomotiva. Tudo isso pertencia a Rede Ferroviária Federal até 1998, quando foi entregue à prefeitura de Magé e ao Instituto do Patrimônio Histórico. A área em torno foi alugada a uma empresa de tubulação e ocupada por moradias irregulares. A estação virou um depósito. Há 30 anos, a Associação de Preservação Ferroviária tenta convencer as autoridades a reativar o caminho de ferro. “O que nós queremos mais tarde é tentar enquadrar este projeto na Lei Rouanet, lei dos incentivos fiscais, para aí sim, conseguir de grandes empresas, que tem interesse na preservação e na memória do Brasil para poder aplicar recursos nesta ferrovia abater do imposto de renda, e reativar. Porque só assim a gente vai conseguir reativar”, explica Antonio Pastori, da Associação de Preservação Ferroviária.
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