segunda-feira, 6 de julho de 2009
Batuqueiros do Vale em estudo
Segundo Alessandro de Sá, geógrafo e pesquisador da região do Vale do Aço, os Batuqueiros são sobreviventes numa área que é altamente urbanizada e com pouca expressão de aptidões rurais. O Batuque é marcado por heranças e vestígios afro-brasileiros. Estudos recentes indicam ser remanescentes das comunidades dos Achados dos Pretos localizadas nos conjuntos de Serras dos Cocais estendo pelos municípios de Belo Oriente, Santana do Paraíso, Ipatinga, Coronel Fabriciano e Antônio Dias.
Os integrantes do grupo dançante compostos por senhores, senhoras e até mesmo crianças, ou seja, os batuqueiros como gostam de ser identificados, realizam apresentações em instituições públicas e privadas, festas familiares e religiosas e participam todos os anos da festa comunitária do padroeiro local das comunidades rurais.
O Grupo Batuqueiros possui um estilo único e envolvente com características muito diferentes dos demais grupos dançantes que conhecemos (ex: Congado e Catira). No estilo batuqueiro de dançar é utilizado três músicos com viola, uma caixa e uma pequena sanfona e também formado de quatro a oito dançarinos entre homens e mulheres. Eles dançam por cima de um tablado, pisoteando, rodando e cantando canções antigas do tempo de seus familiares escravos, geralmente são canções do tempo da escravidão que sofriam nas senzalas no período da escravidão.
(Texto e foto cedidos por Alessandro de Sá)
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