segunda-feira, 6 de julho de 2009

Coronel Fabriciano: 60 anos do Colégio Angélica (2)

O nome do educandário é uma homenagem à mãe do Dr. Joaquim Gomes, que na época da doação do terreno pela Cia. Belgo Mineira era o superintendente da empresa, e foi graças ao seu esforço que o processo de fundação foi agilizado. Estava assim criado o Colégio Angélica, que a partir de 1952, dava início aos cursos de Educação Infantil e Primário. O ensino público de primeira à quarta série já existia de forma regular em Coronel Fabriciano desde 1928, com a Escola Rural Mista, cuja primeira professora foi Dona Mariana Roque Pires. Mais tarde investindo na educação do município, as irmãs iniciaram uma extensão de séries. Implantaram pioneiramente no Vale do Aço em 1955, o curso ginasial e avançaram no processo de oficialização do Curso Normal (nome usado para designar o atual curso de Magistério) e em 1962, começaram a ministrá-lo. As primeiras freiras da instituição a se instalar em Coronel Fabriciano foram: Irmã Nazareth, Irmã Beatriz, Irmã Izaura, a postulante Palmeira, além da diretora Madre Ester de Cristo Rei.
Visando sanar as dificuldades de oportunidades das moças das cidades vizinhas, interessadas em concluir o curso ginasial e de magistério, a escola manteve até 1968, o regime de internato, desativado a partir da entrada em funcionamento das escolas públicas no interior do estado.
Paralelo às atividades do colégio, as freiras estenderam a sua atuação em outros setores da sociedade, ministrando a catequese às crianças nas próprias dependências da escola em apoio à Paróquia de São Sebastião. Além disso, criaram as Obras Sociais Santa Terezinha, visando à assistência social aos moradores do bairro Nossa Senhora do Carmo e outras localidades, onde desenvolveram cursos de trabalhos manuais, culinária, corte e costura etc. Deram ainda, em épocas especiais, assistência às famílias carentes com cestas básicas, roupas e medicamentos. Entre os anos sessenta a oitenta, mantiveram funcionando também nas dependências da própria escola, um posto médico que assistia especialmente às gestantes e crianças.
A Escola Estadual Arcebispo Dom Helvécio, fundada pelas Irmãs Carmelitas e que até hoje funciona no pavilhão antigo, núcleo inicial do colégio, oportunizou a congregação a um trabalho de assistência às crianças carentes. Com o apoio do Lions, Rotary e outras entidades, os alunos desta unidade foram assistidos com consultas médicas, óculos, aparelhos para surdez, aparelhos ortopédicos, cirurgias etc. Enfim, todo o trabalho das Irmãs Carmelitas ao longo dos últimos cinqüenta anos em Coronel Fabriciano se constituiu num valoroso trabalho social e comunitário.

(Pesquisa: Amir José de Melo – historiador, chefe do Depto. de Cultura da Prefeitura Municipal de Coronel Fabriciano. Foto: Ailton Avelino)

Nenhum comentário:

Postar um comentário