segunda-feira, 5 de abril de 2010

Instituto Interagir - Interação Cultural em Ipatinga




O Instituto Interagir de Ações Educativas, Sociais, Culturais e Ambientais, promoveu no dia 06 de março de 2010, no Kart Club de Ipatinga, uma tarde de Interação (fotos), entre Associados, familiares e convidados no "Pit Stop Bar" com o tema "Interação Cultural".

No evento houve música Pop Rock, ao vivo, varal poético, recital de poesia, contação de histórias, bingo de um computador, cesta de vinho e frios e de um bezerro, além de muita descontração. Segundo Wandirlene Silva Gomes, uma das participantes do Instituto, o Encontro “Interação Cultural” foi uma iniciativa que teve o objetivo de divulgar poemas e peças teatrais feitos por pessoas desta região.

Com um público variado – crianças, adolescentes, adultos e idosos, – visou um momento de lazer, confraternização e aprendizado cultural.

BATUQUE

Além das ações culturais, educativas e de interação com a comunidade (fotos), profissionais do Instituto Interagir desenvolvem atualmente em Ipatinga uma pesquisa sobre os batuqueiros da região, suas danças e sua história.


Carbonita - Sede da Fazenda Gangorras é tombada



A Prefeitura Municipal de Carbonita, através do Conselho de Patrimônio Cultural, promoveu o tombamento da Sede da Fazenda Gangorras. Em razão de seu reconhecido valor arquitetônico, sócio-cultural e histórico, a construção foi merecedora de proteção através do tombamento em nível municipal, garantindo assim sua preservação física.

Mais conhecida como “Sobrado de Eva Duarte”, a sede da Fazenda Gangorras localiza-se na comunidade de Gangorras, área rural do município de Carbonita, Minas Gerais. A construção constitui-se de importante bem cultural material representativo do período econômico e de formação do território que hoje corresponde à Carbonita, município da região do Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais.

Erguida no século XIX, a sede possui características arquitetônicas peculiares do período, demonstrando através de seus elementos, arranjo e materiais a adaptação às especificidades regionais de clima, solo, relevo e demais aspectos naturais. À estas especificidades agregam-se também as condições sócio-econômicas da época e a cultura que se formava na região.

O proprietário mais antigo de que se tem conhecimento foi Sr. Leonardo da Barra – ou “Seu Costa” – como era mais conhecido. De acordo com fontes orais, Seu Costa era proprietário de uma vasta área de terras naquela região (que até então pertencia à Minas Novas). Leonardo residia na Fazenda da Barra – da qual os domínios iam até as proximidades do município de Itamarandiba. Ele vivia com sua família da produção agrícola e pecuária que a fazenda lhe proporcionava. Entre os filhos, Seu Costa teve Maria Antônia das Mercês, conhecida como “Dona Mariquinha” ou “Sá Mariquinha” e que posteriormente se tornaria a herdeira de parte das terras da família. Ela e o marido - . Severiano Ribeiro Moraes – residiram por muitos anos na Fazenda Gangorras, onde criaram os cinco filhos e viviam da produção agropecuária que as terras lhes proporcionavam.

Dentre as principais atividades estava a criação de suínos para a venda de toicinho em Diamantina, para onde levava a mercadoria em tropas de animais (mulas). Lá chegando, as bandas de toicinhos eram comercializadas no mercado da cidade (o atual mercado antigo, hoje desativado para esse tipo de uso).

A fazenda também fazia parte do calendário religioso tradicional local, com celebrações que ocorriam durante as festas do Divino e as Folias de Reis anualmente na área rural. Por vezes também era celebrada missa na ermida existente na varanda da sede da fazenda.

Entre 1929 e 1930 a fazenda assistiu à episódios da grande seca que houve nesse período. Ali foram abatidos num único ano doze bois para dar conta de alimentar as pessoas que chegavam lá pedindo comida. A alimentação deste período foi à base do fubá, do qual se fazia o “engrossado” – uma espécie de mingau temperado com sal e alguma carne seca – e que era servido no café da manhã, no almoço e na janta.

Posteriormente, com a morte de Sr. Severiano e depois Dona Mariquinha, a fazenda foi repartida entre os herdeiros, sendo que a parte que compreende a sede ficou com Sr. Agostinho, filho do casal nascido em 1915. Sr. Agostinho, casado com Sra. Eva Dolores Duarte, vivia da produção de vários gêneros alimentícios na própria fazenda, assim como seu pai. Também trabalhava com o trato de gado leiteiro e de corte, além de suínos e galináceos.Sr. Agostinho faleceu em 1975, deixando para os herdeiros e a viúva 360 hectares de propriedade correspondentes à Fazenda Gangorras. Em 2001 a Sra. Eva resolveu repartir sua parte das terras para os filhos. Atualmente a fazenda ainda mantém algumas das atividades agropecuárias de origem, como a produção de rapadura, hortaliças e de gado leiteiro e de corte.

Desde 2007 é realizada anualmente nos arredores da sede da fazenda a festa junina (de Santo Antônio e São João) da Associação Flor do Campo - Associação dos Produtores Rurais da Comunidade de Gangorras. A festa que tem inicio à noite conta com barraquinhas, quadrilha, concurso de dança de forró com premiação e bingo. No dia seguinte são realizadas brincadeiras como a corrida de saco, futebol, corrida convencional de adultos (homens e mulheres), da terceira idade e das crianças.

5º. Fórum das Águas do Rio Doce

O 5º. Fórum das Águas do Rio Doce será realizado nos dias 7 a 10 de abril, no Parque Ipanema, em Ipatinga. A previsão é de que serão recebidos naquele período mais de 100 mil visitantes ao evento. Um dos destaques da programação será o 4º. Fórum Regional de Mudanças Climáticas – edição Leste Mineiro 2010, que terá o tema “Construindo planos de convivência para um ambiente em transformação”.

A preparação para a 5ª edição do Fórum das Águas do Rio Doce foi intensa. Faltando dois dias para o evento, quase todas as estruturas estão montadas, além de obras de artistas plásticos regionais já instaladas, inspiradas na Mata Atlântica.
Duzentas pessoas já estão trabalhando diretamente na produção do evento, além de outros 2.500 voluntários. O objetivo é divulgar e estimular projetos e ações de recuperação da Bacia do Rio Doce e de preservação dos recursos naturais para gerações futuras, assuntos que afetam toda a população da Bacia do Rio Doce, que já supera os 3,5 milhões de pessoas.

Oficinas e minicursos
Com o tema Água e Educação – Garantia para o Futuro, e tendo como lema “Agir para Mudar”, serão desenvolvidas centenas de atividades simultâneas. Serão oficinas, minicursos, palestras, encontros, fóruns de discussão, mostras, exposições de projetos e ações de iniciativa pública ou privada, governamental ou não-governamental, além da discussão do Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce (PIRH-Doce).
A coordenadora da Associação Projeto Águas do Rio Doce, Zaira Andrade, ressalta que este é um momento propício para fomentar a preservação da bacia do rio Doce. “O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce aprova em março de 2010 o Plano Integrado de Recursos Hídricos, que traça metas de recuperação da bacia, como a redução do consumo e do desperdício da água tratada. Dezoito por cento do PIB de Minas Gerais estão concentrados nas cidades que compõem a Bacia do Rio Doce e boa parte desse percentual deve-se às atividades econômicas do Vale do Aço. Temos força para nos unir e a comunidade está receptiva”, avalia Zaira Andrade.

O Fórum

O 5° Fórum das Águas do Rio Doce faz parte do processo de sensibilização, mobilização, formação, informação, experimentação e práticas sobre o Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce (PIRH-Doce). O objetivo é atingir toda a sociedade da Bacia, representada por seus vários setores, sempre em parceria com a comunidade do local onde é realizado. O evento é a continuação de um trabalho de sucesso que já atraiu mais de 300 mil pessoas de cidades mineiras e capixabas desde 2005 até sua quarta edição, em Linhares-ES. Sozinho, o terceiro evento, que aconteceu na cidade de Ipatinga, em 2007, recebeu cerca de 130 mil pessoas. O lema desta edição é “Água e Educação: Garantia para o Futuro”.

Maiores informações no endereço eletrônico www.aguasdoriodoce.com.br.

Ambiental 2010

O evento será realizado nos dias 15 e 16 de abril, na Universidade Federal de Viçosa. A preocupação mundial com o meio ambiente e com o social estão impondo uma nova forma de comércio e obrigando empresas e organizações a adotarem procedimentos sustentáveis, especialmente naquelas empresas concessionárias de geração de energia.

Isso já se reflete nos negócios. Empresas que têm a sustentabilidade como parte importante de sua essência e/ou de sua atuação têm conseguido avanços expressivos em termos de visibilidade e de resultados financeiros. A crise econômico-financeira mundial demonstrou que as empresas têm que considerar a sustentabilidade em suas estratégias de negócio de curto, médio e longo prazos. Essa movimentação é vista de maneira positiva pela sociedade e abre espaço para que mais e mais pessoas, entidades e organizações discutam o assunto.

O desenvolvimento sustentável requer mudanças no comportamento dos indivíduos e das organizações e na sua relação com o meio ambiente. A humanidade está diante do desafio de construir um novo padrão civilizatório. As forças que contribuem para esse processo têm raízes nos saberes e valores dos indivíduos, das organizações e da sociedade, bem como na ética e na cultura que orientam seu comportamento.

Consumo responsável

A questão de adotar ações sustentáveis atende a um novo padrão de consumo e esse novo padrão está fazendo surgir um novo perfil de consumidor, mais consciente com o meio ambiente no qual ele se insere.
De uma forma simples, podemos afirmar que garantir a sustentabilidade de um projeto ou de uma região determinada é garantir que, mesmo explorada, essa área continuará a prover recursos e bem estar econômico e social para as comunidades que nela vivem por muitas e muitas gerações. Mantendo a força vital e a capacidade de regenerar-se mesmo diante da ação contínua e da presença atuante da mão humana.
Pesquisa recente feita pelo Grupo HAVAS revelou que: Cerca de 94% dos brasileiros recomendam enfaticamente aos amigos produtos de empresas com iniciativas sustentáveis. • 84% acreditam que têm o poder de fazer com que as organizações se comportem com mais responsabilidade. • 86% estão dispostos a recompensar empresas que possuem ações sustentáveis e 80% a punir as companhias irresponsáveis.

TEMÁRIO

• As empresas do agronegócio brasileiro e seus modelos de sustentabilidade;

• Geração de energia e sustentabilidade: modelos adotados;

• Mudanças climáticas, biodiversidade e sustentabilidade;


• Sustentabilidade na indústria de mineração;


• Consumo consciente;

• Sustentabilidade e gestão de marcas: marketing verde?;

• Ecopedagogia como ferramenta minimizadora dos impactos econômicos.

Mais informações no site: http://www.institutobrasil.com/ambiental2010/

OCA - Notícias sobre o Patrimônio Cultural - Edição de Março de 2010